A Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná inaugura na sexta-feira, dia 3 de fevereiro, o Centro de Regime Semiaberto da Lapa. Trata-se da primeira extensão da Colônia Penal Agroindustrial do Paraná-CPAI, com sede no complexo de Piraquara, e terá o objetivo de manter os presos trabalhando na própria região. A experiência a ser desenvolvida nesse Centro servirá de modelo para outras iniciativas semelhantes a serem implementadas em todo o Estado.
O Centro, com capacidade para 63 vagas, a serem ocupadas por presos da Lapa e região, passa a funcionar no primeiro prédio cedido pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná, em cumprimento à meta do governo estadual de zerar o número de condenados ou denunciados à Justiça presos em distritos policiais.
Estarão presentes à solenidade Maria Tereza Uille Gomes, secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos; Maurício Kuehne, diretor do Departamento Penitenciário do Paraná; o prefeito da Lapa, Paulo Cesar Furiati; juízes, promotores entre outras autoridades.
SERVIÇO
O que: Inauguração do Centro de Regime Semiaberto da Lapa – Extensão da Colônia Penal Agroindustrial do Paraná sediada em Piraquara.
Quando: 3 de fevereiro, sexta-feira, às 14h.
Onde: Rua Amazonas, 34 – Bairro Antena, próximo ao Cemitério da Barcelona – Lapa/PR.
REGIME SEMIABERTO GERA POLÊMICA NA LAPA
Depois que a notícia sobre a nova delegacia da Lapa se tornar extensão da Colônia Penal se espalhou na cidade, vários lapeanos se pronunciaram sobre o assunto. Opiniões a favor e contra formaram verdadeiros debates sobre o caso nas redes sociais. E você leitor, o que acha sobre o assunto? Mande sua opinião no email: tribunalapa@gmail.com ou no facebook (A Tribuna Regional). Confira algumas das opiniões que circularam pelas redes sociais:
“De que adianta levantar a bandeira “Diga não à violência”, se de cara vamos contra o sistema e contra a ressocialização, que do meu modo de vista é o primeiro passo para acabar com a violência. Um detento sem oportunidade é um possível reincidente e um possível gerador de violência. Vamos rever nossos conceitos e como já disse nos informar a respeito das leis e do sistema penal brasileiro. Ele é falho sim, mas temos que segui-lo e tentar melhorar suas lacunas”. (Mariana Machado)
“Isso é uma vergonha pra Lapa. E depois dizem que é uma cidade histórica”. (Wallaksson Luciano Gomes)
“Há oito anos atuo no Conselho da Comunidade da Lapa em um trabalho de voluntariado em prol da busca da dignidade do cidadão preso. É preciso esclarecer que sabemos da indignação de todos quando ocorrem quaisquer tipos de violência em nossa cidade. Mas é preciso rever conceitos. Violência gera violência, o que buscamos é a ressocialização, pois está pode até não ser bem vinda, mas é necessária, pois existe!!! Todos os condenados uma hora acabam de cumprir suas penas e voltam à liberdade, é notório que se existir um bom trabalho de ressocialização, partes destes não irão mais reincidir. Isto posso afirmar, diante de meus 08 anos de trabalho, pois conheci muita gente que errou, mas cumpriu sua pena e se recuperou. Sem demagogia sabemos que isto não ocorre em todos os casos, mas nos tantos quantos pudermos cooperar, faremos. Pois acreditamos na ressocialização como a melhor maneira de se diminuir os índices de reincidência, criminalidade e violência em nossa sociedade”. (Ana Karina Azambuja)
“Sou a favor da “Colônia Penal”, mas com um pequeno porém. Que ela seja para ressocializar os nossos presos locais, e não trazer presos de fora. Caso contrário não sou a favor. Mas creio que seja difícil isso não acontecer, cada caso é um caso a se avaliar e quem bate o martelo no fim da história não somos nós, mesmo que estejamos com boa vontade em prol de nossa cidade”. (Marcelo Zarur)
