BRASPOL celebra missa em honra a Nossa Senhora de Cz&281;stochowa

Celebração foi realizada na Igreja Matriz, na manhã de domingo, dia da chegada da Santa ao Brasil.

 

A BRASPOL – Comunidade Brasil-Polônia – da Lapa celebrou, no domingo, dia 26 de agosto, Missa em homenagem a Nossa Senhora de Cz&281;stochowa, padroeira da Polônia e dos poloneses, na Igreja Matriz de Santo Antonio, com benção das ervas medicinais.

A Padroeira da Polônia é motivo de veneração entre a comunidade de descendentes de poloneses da cidade da Lapa. A história do povo polaco está muito ligada à fé na Santa e, até mesmo o Papa João Paulo II, devoto dela, escreveu um bilhete à Jasna Gora um dia antes de morrer, dizendo: “Recomendo a nossa Pátria, toda Igreja e a mim mesmo a sua proteção maternal, totu tuus!”

ÍCONE

Antes da revitalização do Santuário Diocesano de São Benedito a Padroeira dos Poloneses possuía um local específico na Igreja, onde ficava seu quadro. Após as reformas, a imagem não foi recolocada. Os poloneses e descendentes solicitaram o retorno da imagem ao Santuário e, durante a Missa celebrada em honra à Santa, o pároco da Lapa, Padre Emerson da Silva Lipinski, confirmou que no dia 26 de dezembro a Santa será recolocada na Igreja. tendo um local especial no maior Santuário da América Latina em homenagem a São Benedito.

O franciscano, com toda a sua humildade, não irá negar um local especial em sua casa para a mãe de Jesus, tão venerada pelo povo polaco.

JASNA GORA

Nossa Senhora de Czestochowa recebe esse título em função de sua aparição ao príncipe Ladislau, da Polônia, na cidade de mesmo nome, em agosto de 1382.

De acordo com uma antiga tradição, o quadro de Nossa Senhora do Monte Claro (Jasna Gora, em polonês) reproduz fielmente pintura feita pelo evangelista São Lucas, que seguidas vezes visitou Maria para ouvir relatos sobre a infância de Jesus. Numa dessas ocasiões, ele pintou o retrato da Virgem na própria mesa de cedro que ela usava.

Segundo a lenda, São Lucas teria cochilado enquanto pintava o rosto de Nossa Senhora, preocupado em exprimir com fidelidade toda a beleza da Mãe de Deus. Quando acordou, teria se surpreendido ao encontrar o quadro pronto, com o rosto de Maria representado com celestial beleza.

A fé católica atribui que, por desígnio de Deus e vontade de Maria, resolveu deixar o quadro numa capela situada numa colina perto de Czestochowa. O ponto mais alto, por ser um descalvado de calcário, recebeu o nome de Monte Claro (Jasna Gora).

Em agosto de 1832, o príncipe Ladislau entregou o quadro aos cuidados dos frades paulinos, e construiu para eles, com a ajuda popular, um convento.

MILAGRES

Os poloneses atribuem ao quadro uma série de milagres, como cura de doentes, consolo aos desesperados, entre outros, o que atraiu a peregrinação de fieis dos mais variados lugares, que expressavam sua gratidão oferecendo ao Santuário donativos em ouro, prata e pedras preciosas, tal qual faziam a rainha da Polônia, Santa Edviges e seu marido, o rei Ladislau Jagiello.

Ornada de forma tão rica, o quadro se tornou alvo da cobiça de gatunos, de modo que bandidos assaltaram o Santuário na Páscoa de 1430, levando do altar o quadro, jóias, cálices e outros objetos de valor. Na fuga, o quadro caiu da carroça. Notando que soldados os alcançavam e encolerizado pela tentativa frustrada de assalto, o bandido golpeou o quadro por diversas vezes com uma espada. Soldados, peregrinos e frades encontraram o quadro repartido em três pedaços.

Os fieis intercederam ao rei para que tomasse as providências necessárias para restaurar o quadro. Famosos pintores foram chamados, mas nenhum conseguiu concluir o trabalho, até que um jovem pintor, que havia auxiliado o primeiro, se apresentou ao rei depois que todos os demais desistiram e disse que “A Mãe de Deus não quer que sejam apagadas essas cicatrizes”.

Antes de pintar, o jovem rezou uma noite inteira. Concluiu o trabalho e devolveu o quadro ao rei, com todos os cortes cobertos, menos os três ferimentos no rosto de Nossa Senhora. Depois disso, nunca mais se ouviu falar no jovem.

MADONA PRETA

O rosto da Virgem Maria é escuro e este detalhe explica-se pelo fato do quadro ter sido pintado sobre uma madeira que, no decorrer do tempo, escureceu. Os poloneses e todos os peregrinos carinhosamente a chamam de “Madona Preta”.

O mais expressivo devoto da Virgem da Czestochowa foi, sem dúvida, o polonês Karol Wojtyla, eleito Papa como João Paulo II. Foi aos pés da Virgem que João Paulo II entregou seu pontificado. Foi aos pés da Nossa Senhora Czestochowa, que os poloneses iniciaram o 1º Cerco de Jericó em preparação da visita do Papa à sua terra natal em 1979, ainda sob o regime comunista.

João Paulo II, em 4 de Junho de 1979, em sua consagração a Nossa Senhora de Jasna Gora assim falou: “Ó Mãe da Igreja! Faz que a Igreja goze de liberdade e paz, cumprimento da sua missão santifica, e que para este fim atinja nova maturidade de fé e de unidade interior. Ajuda-nos a vencer as oposições e dificuldade. Ajuda-nos a descobrir de novo toda a simplicidade e dignidade da vocação cristã!  Santifica as famílias. Olha pelos jovens e pelas crianças”.

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