Lapa no Encontro Estadual da Juventude Rural

Juventude no Campo foi tema do encontro, que atraiu cerca de 300 jovens de 180 municípios paranaenses.

A sucessão rural e a permanência no campo dos jovens agricultores é assunto que preocupa as principais lideranças rurais do Paraná. Este foi o tema principal discutido no 1º Encontro Estadual da Juventude Rural do Paraná, que aconteceu em Pontal do Paraná, litoral do Estado. O encontro atraiu cerca de 300 jovens vindos de 180 municípios do Estado e foi organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná, Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento e Instituto Emater Paraná.

O Encontro, que contou com a presença do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, foi aberto na noite de quarta-feira, dia 22, seguindo até sexta-feira, 24 de agosto. Nesse período foram discutidos também outros temas variantes que envolvem a sucessão rural e a permanência no campo, como educação, acesso à terra, trabalho e renda.

Para Ortigara este é um momento importante para o setor como um todo. “Além de motivar os jovens a se tornarem agricultores profissionais, estamos tendo a oportunidade de ouvir, saber e discutir com eles as suas necessidades, as suas aspirações para darem continuidade, e até melhorarem ainda mais, as condições de vida junto ao meio rural”, disse Ortigara.

Na avaliação do coordenador estadual de Juventude da Fetaep, Marcos Brambilla, o debate sobre a sucessão rural e a permanência do jovem no campo, promove e fortalece a organização da juventude rural. “Temos vários enfrentamentos para serem avaliados. Acredito que nas visões diferentes de cada realidade no Estado, possamos sair deste encontro com um documento que será encaminhada às autoridades e lideranças políticas do Estado com as principais demandas da juventude rural paranaense”, disse Marcos Brambilla.

Estima-se que exista no Estado cerca de 500 mil jovens rurais, distribuídos em cerca de 370 mil propriedades, sendo que 80% destas propriedades são da agricultura familiar, de pequenos e médios produtores.

Com 31 anos de idade, Andréa Aparecida de Oliveira, é uma destas jovens lideranças que continua apostando em se manter no campo com o trabalho na agricultura. Representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da Lapa, ela mantém com o marido e dois filhos uma pequena propriedade rural onde produz milho, feijão e hortigranjeiros. “Nossa intenção é ampliar cada vez mais esta discussão, envolvendo um maior número de filhos de agricultores, de jovens para através da educação e conhecimento rural, ampliar a renda. Ter uma política pública nesse sentido amplia também a nossa identidade junto ao campo”, afirma Andréa Aparecida Oliveira.

 

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