Luizão Goulart (PT) vence disputa pela presidência da Assomec

O cargo também estava sendo disputado pelo prefeito de Quatro Barras, Loreno Tolardo (PSD)

Depois de uma votação que acabou empatada, o prefeito de Pinhais, Luizão Goulart (PT), foi eleito na quarta-feira, dia 16 de janeiro, o novo presidente da Associação Municipal da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec).

O cargo também estava sendo disputado pelo prefeito de Almirante Tamandaré, Aldnei Siqueira (PSD). Os prefeitos de Fazenda Rio Grande e Quatro Barras chegaram a se lançar candidatos contra Luizão e o nome de Siqueira só foi confirmado na última hora.

A Assomec engloba 29 municípios, mas o prefeito de Agudos de Sul não compareceu à votação, que acabou empatada: 14 a 14. A Comissão Eleitoral, formada por três prefeitos, decidiu, então, pela eleição de Luizão, por ele ser mais velho que o prefeito de Almirante Tamandaré.

Apesar de nenhum dos candidatos admitirem a situação, informalmente, a disputa era vista como uma pequena “prévia” do embate entre o governador Beto Richa (PSDB) e da ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT) para as eleições do governo do estado em 2014.

Na disputa da Assomec, Richa estava sendo representado por Siqueira, enquanto Gleisi apoiava Luizão.

OS VOTOS

Veja quem votou na chapa de Luiz Goularte na Assomec:

 1 – Pinhais – Luiz Goularte

 2 – Quitandinha – Marco Neri de Oliveira

 3 – Lapa – Leila Klenk

 4 – Campina Grande do Sul – Luiz Assunção

 5 – Cerro Azul – Claudinei Braz

 6 – Piraquara – Marcos Tesserolli

 7 – Campo Largo – Affonso Guimarães

 8 – Balsa Nova – Luiz Cláudio Costa

 9 – Adrianópolis – João Manoel Pampanini

 10 – Mandirituba – Onildo Gelatti

 11 – Campo do Tenente – Paulo Renato Quege

 12 – Contenda – Carlos Stabach

 13 – Piên – Gilberto Dranka

 14 – Curitiba – Gustavo Fruet

ENTREVISTA

Confira a entrevista concedida pelo novo presidente da Assomec:

O que você achou da disputa?

Foi uma eleição disputadíssima, com muita interferência principalmente do governo do estado, que criou essa situação de disputa eleitoral. Na verdade, essa não é uma discussão dos prefeitos, mas entendo que isso foi inevitável. Fui candidato desde o início e agora, no segundo mandato, vou ter um tempo um pouco maior para me dedicar à Assomec.

Tendo em vista que a Assomec, até então, nunca foi um órgão muito atuante, o que você espera da sua gestão? De que forma você pretende trabalhar para tentar mudar isso?

Pretendo trabalhar com mais objetividade, mexer em temas que mais interessam e trabalhar em cima deles. A Assomec não tem muito crédito porque eram feitas muitas reuniões que acabavam não decidindo nada, o que desmotivava os prefeitos. Se continuar assim, a gente perde a capacidade de articulação. Por isso, minha pretensão é tornar a Assomec mais eficiente e com objetividade.

Você acha que a sua gestão pode mudar com o Fruet na prefeitura de Curitiba?

Totalmente. Inclusive, minha motivação de participar da campanha, foi porque o Fruet está na prefeitura e tem essa disposição de fazer uma integração maior entre os municípios. Essa abertura é muito importante, principalmente para os consórcios, como o de lixo e saúde. Curitiba vale tanto quanto os outros municípios juntos, e a gente poder fazer de fato uma integração melhor com o Fruet.

Já chegou a conversar com o Fruet sobre essa parceria?

Já conversamos sim e na sequência vamos estreitar ainda mais nossas conversas para encaminhar os assuntos de interesse comum. O que está em pauta agora é o transporte coletivo, e pretendo, através da Assomec, fortalecer o pedido de que o governo do estado mantenha o subsídio porque isso é uma coisa que beneficia toda a região, não só Curitiba.

Com a sua eleição, já se pode prever uma parceria para as eleições de 2014?

Eu acho que está muito cedo para falar em 2014, até porque tem muita especulação, não se sabe ao certo ainda quem vai se candidatar. A Gleisi não confirmou que vai ser candidata ainda. E depois, cada prefeito vai tomar a sua decisão conforme alinhamentos partidários. Eu sendo presidente da Assomec não significa que vai ter um peso maior a campanha dela. Agora, o que pretendo é trabalhar em função dos interesses dos municípios.

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