Estudamos em nosso último artigo sobre como acontece o processo da inovação e entendemos que inovar é, na verdade, a soma de vários conhecimentos, compilados e direcionados para atender uma necessidade. Por isso, vale a pena ler novamente o artigo da edição 1790, localizado na página 08.
Peter Drucker, o pai da administração moderna, já ensinava há muito tempo que “a inovação é o ato que contempla recursos com a nova capacidade de criar riquezas” e, ainda, “a inovação é o instrumento específico do espírito empreendedor”. Por isso, são muito poucos os empreendedores inovadores, pois organizam o conhecimento e geram algo diferente. Veja um exemplo:
Aquele que compra uma franquia, sob o ponto de vista acima citado, não é um empreendedor, porque a pessoa que compra esse modelo de negócios está sujeita às regras de como deve fazer e fará tudo dentro do padrão estabelecido pela empresa franqueadora. Se não fizer assim, perde a franquia. Não pode alterar cores, formato de loja e produtos. Já o McDonald´s, quando foi criado, foi um ato empreendedor porque trouxe um novo conceito de como fazer lanches rápidos. Percebe a diferença?
Para empreender com inovação, o empresário deve:
1) Entender que a inovação requer conhecimento;
2) Entender a oportunidade que se quer explorar;
3) Pesquisar o conjunto de conhecimentos que, uma vez devidamente unidos, criam um “novo olhar” ou “um novo conhecimento” que suprirá a necessidade dessa oportunidade;
Esse é o desafio! Pense nisso! Unir as conexões para se desenvolver algo diferente. Isso exige um real posicionamento estratégico, como já comentei em outros artigos. Infelizmente o empreendedorismo no Brasil é muito mais por necessidade pessoal do que por oportunidade de gerar e ganhar riqueza. Mas isso pode e deve ser mudado e o processo se inicia no seu negócio quando se tem vontade de vencer. Ou seja, chega de ter que ficar lutando para pagar as contas, é hora de ter abundância. Para se ter abundância é eminente inovar.
Por isso, a análise de SWOT é uma pedra fundamental nesse quebra cabeça porque lhe permite, através dessa análise, o real “face a face” de seu negócio e, a parir daí, fica claro que tipo de “saber” termos que garimpar.
O especialista gerador de ideias tem uma visão sistêmica do processo e é por isso que quando todo mundo está dizendo que não vai funcionar, ele continua porque sabe o que está fazendo. Foi assim com Thomas Edison quando criou a lâmpada. Ele recebeu de diversas pessoas mais de dez mil frases dizendo “não dá certo, deixa isso pra lá” e mesmo assim se concentrou e afirmou “essa combinação funciona assim”. O resultado… é só você olhar para qualquer canto e verá a luz dessa perseverança.
Reflita essa semana sobre o tipo de empreendedor que você tem sido e, caso não se agrade, faça como Edison fez. Pois, afinal de contas, tudo é uma questão de combinar as conexões.
Pense, reflita! Uma boa semana e sucesso!
Professor Alessandro Henrique