Programa atua desde a prevenção até o apoio para a recuperação de usuário de drogas, estendendo a mão a dependentes e familiares. O pensamento do idealizador do programa norteia e resume a proposta: “Seu amor sem exigência humilha, sua exigência sem amor revolta, seu amor exigente engrandece”.
Atualmente, a sociedade se vê diante de um grave problema, que afeta a saúde e a segurança pública, mas, principalmente, as famílias: o uso de drogas (lícitas e ilícitas). A busca por uma solução para este grave problema social é constantemente discutido por diversos grupos, mas já em 1978, em Campinas (SP), Padre Haroldo Joseph Rahm fundou uma das primeiras comunidades terapêuticas brasileiras para dependentes químicos e alcoólatras. A motivação do sacerdote surgiu ao perceber que usuários de drogas e alcoolistas eram excluídos da sociedade e vistos como sem nenhuma chance de recuperação. Os anos passaram e a comunidade terapêutica chamada “Amor Exigente” (AE) cresceu. Por outro lado, infelizmente, a necessidade de sua atuação, com o passar do tempo, não diminuiu. Na verdade, o programa do grupo AE se faz cada vez mais necessário.
O objetivo do programa é ajudar as famílias e as pessoas próximas que sofrem com familiares ou outros entes queridos dependentes do álcool e de outras drogas. Atuando com a proposta de proteção social, o AE busca a qualidade de vida e a prevenção da dependência química, é uma organização não-governamental sem fins lucrativos, mantida por voluntários, sem custos para os que procuram auxílio.
O trabalho do AE é voltado a grupos de apoio, dando orientação a pais, jovens e educadores (professores, profissionais da educação), para solucionar problemas de dependência química. Nos encontros, realizados semanalmente, é mostrado aos participantes que o uso de drogas não é o fim do mundo, pois o AE acredita e possui exemplos de que é possível evitar problemas com essas substâncias. A recuperação do usuário depende, no entanto, primordialmente de mudanças nas atitudes do dependente e também da postura amorosa e ética dos familiares. Um dos lemas, por exemplo, do programa é “Eu te amo, só não aceito o que você está fazendo de errado!”
Os grupos de apoio levam as pessoas a notarem a necessidade de mudar o rumo de suas vidas e dos outros, pois cada um deve fazer sua parte ao invés de ficar esperando a atitude de outro. Nos princípios básicos há a formação de consciência e aproximação entre pais e filhos.
NA LAPA
O programa Amor Exigente ainda não foi implantado na Lapa. No entanto, o advogado Dr. Valério Schmidt está em busca de pessoas interessadas em criar o AE no município. Para participar como voluntário (auxiliando os dependentes e familiares) é preciso, antes de mais nada, saber que nem todos possuem perfil para atuar no grupo.
É preciso, por exemplo, ser idealista e se nortear por valores de integridade moral e ética; ser o tipo de pessoa que encara seus problemas e se torna capaz de tirar o bem do mal; ser pluralista, celebrando as diferenças; ser curioso, mas não falar pelas costas, não ser fofoqueiro; ser democrático e aberto ao diálogo; e ter compaixão, vivendo o amor.
É importante ressaltar, ainda, que o AE aceita e respeita a espiritualidade de cada um. Por isso, não é filiado a nenhuma denominação religiosa e nem a partido político. Ou seja: o grupo Amor Exigente não é um programa criado ou desenvolvido por religião A ou B e também não é apoiado ou iniciativa de determinado partido. Assim, os que desejam participar como voluntários devem estar conscientes de que, antes de mais nada, o grupo é voltado ao auxílio aos dependentes de drogas e seus familiares. Não é local para pregar determinado culto religioso, nem mesmo fazer campanha política.
Todas essas exigências existem porque os voluntários devem ter compromisso com a responsabilidade social, com a espiritualidade pluralista e com ajuda verdadeira para quem precisa.
Não há idade mínima ou máxima para participar como voluntário. Também não há exigência de que o interessado em auxiliar tenha algum tipo de formação específica anterior.
Os grupos do AE são formados por pessoas que compartilham experiências entre si. Reúnem-se toda semana, mas não ficam apenas no discurso e partem para a ação. São três tipos de grupos: familiar, de recuperação ou prevenção. Estes se subdividem em subgrupos de: pais – para buscar apoio com os filhos e famílias; jovens – ex-usuários mostrando que é possível uma vida saudável; cônjuges – possibilitando relação saudável e autoconhecimento; amor exigentinho – crianças e adolescentes participando; sempre é tempo – participação de avós preocupados com criação de netos.
As escolas, através da direção e de professores, também podem participar, fazendo que a prevenção chegue às salas de aula para os alunos.
SE INTERESSOU?
Se você tem interesse em participar do AE e se encaixa no perfil, entre em contato com o Dr. Valério Schmidt para receber informações sobre o grupo e também sobre data da primeira reunião a ser realizada.
Os telefones de contato são: (41) 9994-0522 e (41) 3622-1177.
