Um grande espetáculo, com mais de 150 participantes, vai celebrar, no dia 7 de fevereiro, os 121 anos do Cerco da Lapa. A Alameda David Carneiro, no centro histórico da cidade, servirá de palco para a produção “Renascer no Cerco”, concebida para valorizar a visão da comunidade lapeana sobre o episódio e os talentos locais.
Preparado ao longo de quatro meses, o espetáculo reúne músicos, artistas plásticos, grupos de teatro, balé, jazz e dança gaúcha, ex-alunos das oficinas de teatro do Theatro São João, tropeiros, professores, funcionários públicos e outros participantes – todos moradores da Lapa. São crianças, jovens e adultos de todas as idades e extratos sociais.
Figurino, cenário, iluminação e sonoplastia, além da dança que compõe algumas cenas mais dramáticas da peça, são originais e pensados exclusivamente para o texto, também por pessoas da comunidade.
O roteiro do espetáculo, escrito pela diretora do Theatro S. João, Ivanize Bueno, partiu da ideia de usar o cotidiano da cidade à época do Cerco da Lapa, em 1894, fazendo um passeio pelo tempo antes, durante e depois do episódio. Para isso, foram ouvidos descendentes de pessoas que lutaram na guerra, consultadas fontes locais para saber como era a vida em 1890 e fontes históricas a respeito da Revolução.
“O texto também aborda as consequências sociais do Cerco, retratando um período de 10 anos após o episódio, para mostrar como a Lapa se reconstruiu após o combate e como a religiosidade está diretamente ligada a esse renascer”, conta a diretora de Cultura da Prefeitura, Eloisa Murbach Arbigaus.
SUCESSO
Este é o segundo espetáculo sobre o Cerco da Lapa produzido na cidade. O sucesso da apresentação de 2014 (Um Canto na Escuridão) motivou os organizadores a repetir a iniciativa este ano, agora com mais pessoas envolvidas e ainda maior qualidade na produção.
De acordo com a diretora de Cultura, a intenção é apresentar ao público a visão de pessoas que de alguma forma vivenciaram o Cerco da Lapa, mesmo que por meio de relatos de parentes e conhecidos. “Queremos mostrar as pessoas, a cidade, os sentimentos, o “depois” do Cerco”, diz.
O espetáculo é realizado pela Prefeitura da Lapa, com a participação do Exército Brasileiro para as cenas de guerra, por meio do 15°GAC AP; e da Caixa Econômica Federal e do Exército Brasileiro como patrocinadores.
PARCERIA
Em mais um ano de parceria institucional importante para o município, o 15° GAC AP estende suas atividades de apoio à programação cultural aos 121 anos do Cerco da Lapa. Desde o início da preparação do espetáculo teatral “Renascer no Cerco”, o Tenente Coronel Cezar Carriel Benetti e sua equipe tem estado junto a Prefeitura, atentos às necessidades em que podem auxiliar. “Diversos militares e lapeanos perderam suas vidas para defender a república, rememorar essa data é manter viva nossa homenagem aos que defenderam nosso país”, fala o Tenente Coronel Benetti.
Assim como no ano passado, o espetáculo conta com um grande número de participantes e o 15° GAC AP é parte do elenco e da infraestrutura de algumas das cenas mais importantes da peça, especialmente daquela que reproduz a cena da batalha entre Pica-paus e Maragatos durante o Cerco da Lapa. Além da execução dessas cenas, a direção da reprodução da batalha também é de um militar do 15° GAC AP, já conhecido por sua atuação teatral, o Subtenente Benedito Lino Agostinho.
SERVIÇO
Espetáculo Renascer no Cerco
Única apresentação: 07/02/15 – 20 horas
Local: Alameda David Carneiro&8203;, centro histórico da Lapa
Entrada franca
Sinopse: A Lapa antes, durante e depois da Revolução. Roteiro baseado em histórias reais de descendentes de homens que lutaram no Cerco da Lapa. A feira livre, o cotidiano simples da cidade e sua gente estremecida pelo estouro da guerra iminente. A vida muda a partir de um instante. A guerra é anunciada: no meio dela, um filho que nasce. Homens dão provas de honra e resistência. Uma promessa que mantêm unidos e vivos dois irmãos que guerreiam com o destino chamado de Maragatos. Como ficaram? Como se reergueu a pacata cidade? Como um santo fez renascer das cinzas a esperança dos que se viram sozinhos?
