No início do mês de julho, a Ilha da Madeira, em Portugal, recepcionou um destacado atleta do futebol brasileiro, que é lapeano: Lynneeker Paes Nakamuta de Albuquerque. Ele foi emprestado pelo time do Cruzeiro para jogar no CSMarítimo Madeira, o “Leão da Madeira”, na temporada europeia. A expectativa é de que, a partir daí, o atleta não retorne tão cedo ao Brasil.
O até então meia-atacante titular do time celeste no Campeonato Brasileiro Sub-20 e um dos responsáveis pela velocidade do ataque cinco estrelas, começou a jogar futebol sob influência do pai, Anderson Paes de Albuquerque, ex-atleta das divisões de base do Atlético-PR. E foi no Rubro Negro que Lynneeker começou a carreira. Depois se transferiu para o Júbilo Iwata, do Japão, já que seus pais se mudaram para a cidade de Nagoya, onde moram atualmente e são proprietários de uma churrascaria.
Em seguida, sob indicação do ex-técnico do time profissional do Cruzeiro, Adilson Batista, que conheceu o futebol do garoto no Japão e era treinador da equipe profissional do Jubilo Iwata, Lynneeker fez um teste na Toca da Raposa I e deu sequência à sua carreira no Clube Cruzeiro.
“Graças a Deus fui aprovado e estou aqui até hoje. É ruim demais ficar longe da minha família. Eles estão muito longe de mim, do outro lado do mundo, mas no futebol eu sei que preciso abrir mão de muitas coisas e só tenho motivos para agradecer por ter a chance de jogar em um clube como o Cruzeiro. É um sonho meu e da minha família que estou realizando”, observou Lynneeker, que tem como principal característica um ataque com bastante rapidez pelo lado direito do campo. “Tenho muita velocidade, um pouco de habilidade e caio para dentro dos caras mesmo”, comentou.
Mas, é preciso não deixar de lado, na sua experiência esportiva, o auxílio lapeano. Lynneeker jogou na Escolinha do Paraná Clube, sediada no Campo do Avaí, sob responsabilidade de Élio de Jesus. Motivo de orgulho para a terrinha, mas também para o pai e para todos os familiares, amante do futebol e que sempre estiveram envolvidos, de alguma forma, com o esporte.
“Estou muito feliz com esse novo desafio e ansioso para vestir e honrar a camisa desse Clube centenário”, disse Lynneeker em sua página oficial no Facebook (www.facebook.com/LynneekerNakamuta), a respeito da nova atuação no time português. A ansiedade é compartilhada por todos os conterrâneos e amigos, que esperam que a carreira do lapeano seja sempre sucesso, como já vem ocorrendo.
O NOME E AS COINCIDÊNCIAS
Quando Lynneeker Nakamuta Paes de Albuquerque nasceu, em 11 de janeiro de 1993, seu quase homônimo inglês Gary Lineker, artilheiro da Copa do Mundo de 1986, estava prestes a se aposentar. Já havia deixado a seleção da Inglaterra um ano antes, após a disputa da Eurocopa de 1992 e, aos 32 anos, defendia o Nagoya Grampus, do Japão, onde foi morar para que seu filho tivesse mais chances de tratar um raro câncer.
Apesar das letras a mais e do “y” ao invés do “i”, a semelhança entre os nomes do lapeano e do atacante ex-Leicester, Barcelona, Everton e Tottenham não é mera coincidência. Foi exatamente a história de Lineker dentro e fora dos gramados que motivou Anderson, o pai de Lynneeker, a homenagear o atual comentarista esportivo inglês.
“Meu pai gostava muito do futebol do Lineker. Além do futebol, gostou muito do nome e decidiu homenageá-lo me dando seu nome”, conta o lapeano. O garoto foi crescendo, assim como a curiosidade pela origem de seu nome. Depois de ouvir dos pais a razão pela qual se chamava Lynneeker, recorreu à internet para saber quem era o tal atacante inglês. “Quando vi, gostei muito. É um artilheiro, goleador, e eu como meia-atacante tenho muito o que me espelhar nele”, conta.
Outro elo entre os quase homônimos é justamente o Japão. A mãe de Lynneeker é japonesa, bem como seus avós maternos. Se os últimos chutes de Lineker como profissional foram na terra do sol nascente, os primeiros da ainda precoce carreira de Lynneker foram no mesmo lugar. Por seis anos, o jogador morou no Japão, atuando na base do Jubilo I