Há sete anos, na Rodovia do Xisto entre Contenda e Lapa, uma vida quase foi perdida. No entanto, socorro adequado e imediato deram a oportunidade de um jovem lapeano se recuperar, contrariando todas as expectativas médicas.
Era domingo, 19 de setembro de 2010. Um veículo Corsa trafegando na Rodovia do Xisto, BR 476, próximo à divisa dos municípios de Contenda e Lapa, na localidade de Serrinha. No local, por volta das 8h20, aconteceu o acidente que mudou para sempre a vida de Alexandre Knaut, então com 26 anos de idade, que estava dirigindo o veículo sentido Lapa.
Ao término da terceira faixa existente no local, não se sabe se Alexandre dormiu ao volante ou se algum outro motorista bateu no veículo, o jogando para a esquerda da pista. O Corsa bateu num barranco e capotou de frente. Alexandre estava de cinto, mas com o impacto o dispositivo de segurança acabou se desprendendo, ejetando o motorista para fora do veículo. Nesta situação, o braço dele ficou preso em outra parte do cinto, causando fratura exposta.
Diante do ocorrido, pessoas que passaram pelo local no momento pararam seus veículos e fizeram o primeiro atendimento, comunicando a Concessionária de Pedágio Caminhos do Paraná – responsável pelo trecho da BR 476 entre Lapa e Araucária.
Quando a ambulância da Caminhos do Paraná chegou, o médico já entubou Alexandre, o colocando no respirador. “Foi isso que salvou a vida dele. Se não fosse isso (o bom atendimento prestado pelo pedágio), em prazo de meia hora, com a quantidade de sangue que ele estava perdendo, já teria morrido. Ele chegou vivo no Hospital Nossa Senhora do Rocio (em Campo Largo) por milagre, porque perdeu muito sangue”, conta Ana Knaut, mãe de Alexandre.
Quando Ana chegou ao local do acidente, cerca de 20 minutos depois do ocorrido, a ambulância da Caminhos do Paraná já estava realizando o atendimento de primeiros socorros. Alexandre já estava sendo estabilizado dentro da ambulância equipada com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), aguardando vaga em alguma UTI de hospitais da região.
O carro de Alexandre foi rebocado pela Concessionária até o posto de combustíveis mais próximo, para que a seguradora tomasse as providências cabíveis.
O DIAGNÓSTICO
Alexandre chegou ao Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, em coma. Os médicos que o atenderam informaram à família que, devido à queda, por ter sido ejetado do carro e ter batido muito a cabeça, o jovem estava com traumatismo craniano. O fato de o cinto ter prendido o braço do paciente apontava a alta probabilidade de amputação do membro. Mas, felizmente, isso não foi necessário. No entanto, os médicos acreditavam muito pouco na sobrevivência de Alexandre. Era mínima, de apenas 2%.
Mas, ele estava dentro desses dois por cento. Ficou internado no hospital por 37 dias. Desses, 34 em coma, na UTI. E outros três no quarto.
A RECUPERAÇÃO
Chegando em casa, Alexandre teria pela frente um desafio bastante grande, que lhe exigiria muita força de vontade e fé. “Quando a gente tirou ele do hospital, os médicos disseram: ‘Olha, mãe, o Xande vai ficar com problema na visão, ele vai ficar vegetando por toda a vida…’. Assim que eu saí do hospital com ele. Disseram também que ele não iria caminhar – porque afetou até as vértebras. Aí, eu estava com o terço na mão, e disse para o médico: ‘Com orações e a nossa fé em Deus nosso filho vai conseguir, vai se recuperar’. E foi o que aconteceu”, relata Ana.
Ana e o pai de Alexandre, Aleixo, montaram em casa o que poderia ser chamado de um “mini hospital”. Pai e mãe se revezavam para cuidar do filho, um dia um, noutro outro. Nos finais de semana os irmãos Marcos e Alana auxiliavam, para que Ana e Aleixo pudesse descansar. Foram tempos longos de muita fisioterapia, tratamentos, cirurgias (sete, somente no braço), força de vontade e fé em Deus, fé na recuperação. Alexandre ficou por muito tempo na cadeira de rodas, sem conseguir movimentar o corpo, sem mobilidade alguma.
Mas, aos poucos, o milagre foi acontecendo. Hoje, após sete anos do acontecido, Alexandre contraria tudo o que os médicos falaram: não tem problema na visão, caminha, conversa normalmente. Ou seja, apesar das sequelas no braço, tem uma vida normal, com poucas limitações. Mas, continua a fazer fisioterapia e, também, terapia ocupacional (visando se adaptar à nova situação com relação ao braço).
“A gente sofreu muito, mas valeu a pena”, diz a mãe.
CAMINHOS DO PARANÁ
A Caminhos do Paraná S/A é uma empresa constituída em 1997 para operar e realizar obras e investimentos em 405 km de rodovias na região centro-sul do estado e região metropolitana de Curitiba. Administra trechos das rodovias BR-277 entre Balsa Nova e Guarapuava, da BR-476 entre Araucária e Lapa, da BR-373 entre Ponta Grossa e Prudentópolis e da PR-427 entre Porto Amazonas e Lapa. Também é responsável pela conservação do trecho de 17km da PR-438 que liga o município de Teixeira Soares à BR-277.
Visando oferecer a seus usuários um serviço de qualidade, com segurança para que todos cheguem bem a seu destino, possui o Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), Atendimento Pré-Hospitalar e serviços de guincho e inspeção de tráfego.
O SAU conta com uma frota de 20 veículos e uma equipe de 128 profissionais, funcionando 24h por dia para proporcionar segurança e tranquilidade aos usuários, além de garantir fluidez de tráfego nas rodovias.
O Atendimento Pré-Hospitalar possui cinco ambulâncias e uma viatura médica, que ficam a postos nas bases de SAU para o atendimento a vítimas de acidentes ou usuários que necessitem de cuidados pré-hospitalares e o encaminhamento a uma unidade hospitalar.
Seis unidades de guincho, sendo três pesados e três leves, ficam à disposição dos usuários para remover seus veículos em pane mecânica ou envolvidos em acidentes. Ainda, a Caminhos do Paraná possui quatro viaturas de inspeção de tráfego circulando 24h por dia sete dias por semana em cada trecho sob concessão. O serviço tem o objetivo de monitorar as condições de trafegabilidade, identificar usuários com problemas mecânicos, acidentes e incidentes. Caso necessário, sinaliza os eventos e aciona a Polícia Rodoviária e os serviços de remoção e atendimento pré-hospitalar.