Mônica Opolis – Da anorexia à competição

A jovem lapeana Mônica Opolis está se preparando para sua primeira competição de fisiculturismo e conta um pouco do seu cotidiano, treinos, objetivos e dificuldades superadas em sua vida.

Morando em Curitiba, mas com coração lapeano, a bela jovem Monica Opolis (Moka), conta um pouco da sua vida, falando sobre momentos difíceis e sobre a superação que acompanha o esporte.

Tribuna Regional: Fale um pouco sobre sua vida, rotina e amor ao esporte.

Mônica Opolis: Meu nome é Monica, a maioria das pessoas me chamam de Moka, sou nascida na cidade da Lapa, mas no momento resido em Curitiba, há alguns anos já, onde trabalho com Radiologia médica e estudo. Moro atualmente com meu “namorido”, Elber Renan, que é educador físico. Sempre fui uma criança hiperativa, criativa e com muita energia, desde cedo práticos atividades físicas, já fiz diversas modalidades, fui dançarina por muitos anos, que era uma das minhas paixões, dançar. Aos 14 anos desenvolvi anorexia nervosa e de lá pra cá muita coisa aconteceu, tive sérios problemas de saúde, cheguei ao meu extremo de corpo físico e mental, desenvolvi junto com isso depressão e bipolaridade, tomei muitos medicamentos controlados por anos, hoje não faço mais acompanhamento psiquiátrico nem medicamentoso. O amor por atividade física sempre foi presente, desde minha preocupação com o corpo até a forma de me sentir livre de pensamentos obsessivos, dissipando minha energia nos treinos e controlando minha ansiedade.

Tribuna Regional: Há Quanto tempo treina?

Mônica Opolis: Faço atividades físicas desde criança, porém musculação, da qual eu odiava no começo, fazem em média uns sete anos por ai. Treino efetivo, intenso e correto, fazem uns dois anos, graças a meu marido que me ensinou muito do que sei, me corrigiu e teve paciência em me ensinar e eu me apaixonei por musculação e pela sua capacidade em transformar nosso corpo e realmente moldá-lo.

Tribuna Regional: Qual o motivo que levou a querer competir?

Mônica Opolis: Como meu marido é coach de bodybuilding, eu comecei a me interessar pelo esporte e ler muito sobre isso. Em 2018 assisti um campeonato em Curitiba do FEPAF, me apaixonei, fiquei deslumbrada cm aquele mundo. E a vontade de competir se tornou então real. Tinha receio e medo de arriscar e passar vergonha, pois quem está nesse meio sabe das dificuldades passadas, limites ao extremo e retorno muito pouco ou nenhum. Foi então que mandei mensagem para Ketrin Ganzert e combinamos a parceria de competir juntas, já que somos de categorias diferentes e não seriamos concorrentes, para nos ajudarmos inclusive com ensaios de poses, que são extremamente difíceis apesar de não parecer. Do qual meu marido me ajuda muito e não deixa escapar nenhum detalhe.

Tribuna Regional: Quais os ganhos que o esporte traz em sua vida?

Mônica Opolis: Através dele aprendi a ter maior paciência, coisa que nunca tive, entendi que eu posso ir além do que acho que sou capaz, me tornei ainda mais disciplinada do que eu já era e mais organizada, entendi que o resultado não é agora, mas que depende do que eu faço agora, eu amo essa vida que eu levo e para mim não é nenhum sacrifício treinar de domingo a domingo ou fazer dieta, eu só me sinto bem assim.

Tribuna Regional: Como é o planejamento de treinos?

Mônica Opolis: Quem planeja meu treino é meu coach. Treino todos os dias. Mas, no momento, terei que dar uma pausa em treinar quadríceps, por exemplo, devido a exigência da minha categoria e eu preciso perder volume em quadríceps. Preciso melhorar dorsais, que é o foco no momento.

Tribuna Regional: Como conciliar vida particular com tanta intensidade nos treinos?

Mônica Opolis: Eu digo que eu não tenho vida social, uma porque meus horários de trabalho não me permitem sair muito e outra que como estou em preparação, não posso beber, não posso comer qualquer coisa, então prefiro nem sair, para não ser uma companhia chata e mal humorada (rindo), eu gosto de ficar em casa e amo fazer passeios na natureza,  a minha família compreende e me incentiva muito, mas eu marido é o meu maior incentivador, ele que briga comigo se eu treino errado, se eu desanimo, que me acompanha em tudo e faz dieta comigo, a ele devo tudo que estou fazendo.

Tribuna Regional: Como atleta amadora, quais as dificuldades para estar à altura desta competição?

Mônica Opolis: Tenho muito medo, confesso, pois não sei o nível das minhas concorrentes,  porque até o dia da competição o corpo ainda vai mudar muito, e na minha categoria muita coisa conta ou perde ponto, estou dando meu máximo dentro das minhas condições. Tanto que o corpo que venho construindo é a base de dieta e treino, ter uma dieta extremamente balanceada pra mim foi relutante com meus pensamentos de quem já teve distúrbios alimentares, hoje eu como sem medo e confio nos profissionais. Também não faço nenhum procedimento estético que poderia ajudar, uma porque não tenho tempo disponível e prefiro usar o dinheiro para outras necessidades.

Tribuna Regional: Qual a categoria que você vai competir e quais as características da modalidade?

Quais as características de uma atleta desta modalidade?

Mônica Opolis: Eu sou da categoria Bikini. O percentual de gordura é baixíssimo, porém sem aspectos de desidratação. Devem possuir cintura fina, braços e ombros levemente destacados, glúteos redondos e firmes. O julgamento das atletas não ocorre somente pelo físico, mas também pela beleza facial, cabelos, e até mesmo a harmonia da maquiagem em relação ao conjunto corporal, cabelos, cor do biquíni etc.

Além disso, as atletas devem possuir carisma, desenvoltura, e “luz própria” em cima do palco, fator primordial para a composição da nota, e que pode somar ou também diminuir muitos pontos na avaliação inicial da condição física que é feita pelos Árbitros

Tribuna Regional: Com essa história de treino, superação e desafio, o que você gostaria de dizer àqueles que acompanham o seu trabalho e torcem por você?

Mônica Opolis: Gostaria de agradecer a todos aqueles que torcem por mim e até aqueles que não torcem, que de certa forma me incentivam a me empenhar ainda mais. Que eu possa estar ajudando e incentivando as pessoas a se exercitarem e se cuidarem de alguma forma, a não desistirem na primeira dificuldade  e entender que somos capazes sim de realizar nossos sonhos, desde que você realmente queira, seja capaz de sacrificar outras coisas por isso   suado, entender que além de saúde física , precisamos mais que tudo buscar a saúde e  equilíbrio metal.

A jovem lapeana Mônica Opolis está se preparando para a sua primeira competição de fisiculturismo.

 

Em uma rotina agitada, a jovem lapeana concilia o trabalho e treinos.

 

Suor, esforço e dedicação é o que move a lapeana.

 

 

Please follow and like us: