Uso da proteção individual para evitar contágio do novo coronavírus foi liberado pelo governo.
Quando o Ministério da Saúde liberou o uso das máscaras de tecido como mais uma medida contra o novo coronavírus, muitas pessoas viram na confecção dessa proteção individual uma forma de conseguir uma grana extra em meio à crise provocada pela pandemia. Ainda era início de abril e muitos brasileiros já estavam vivenciando o desemprego ou a redução nos salários. E a confecção de máscaras foi a esperança.
A Lapeana Waldirene Assumpção é técnica em enfermagem e trabalha no Hospital Regional São Sebastião. No momento está de licença e cuida de sua mãe. Além de exercer a profissão na área da saúde, Waldirene é artesã e tem um ateliê onde há mais de cinco anos trabalha fazendo bonecos de feltro e artesanatos em geral.
A ideia das máscaras surgiu quando começou a fazer para a proteção de sua família. No começo foi feita duas para cada familiar, aconteceu que sua nora que trabalha em um consultório odontológico da cidade postou nas redes sociais uma foto dela com as máscaras e ali as pessoas começaram a procurar e nesse período já fazem 20 dias que Waldirene está fazendo máscaras.
Waldirene conta que pesquisou muito como iria confeccionar as máscaras para a venda. Como ela conta, “as máscaras de tecido para proteger ela tem que ter um tecido impermeável, as que eu produzo são dupla face, onde vai uma camada de tecido de algodão, TNT e outra camada de tecido novamente. A Lapeana está produzindo cerca de 25 a 30 máscaras por dia. “Isso é bom porque aumentou a minha renda, mas também é muito importante porque as pessoas estão tomando consciência que o COVID- 19 é algo sério que precisa de atenção”, comenta a artesã.
Outra lapeana que está produzindo máscaras é a costureira Izabel Baggio. Além de suas costuras do dia a dia, ela está produzindo cerca de 300 máscaras de tecido por semana.
Muitas lapeanas estão aderindo a produção de máscaras, seja para aumentar a renda, seja para uso familiar, mais o mais importante é a conscientização das pessoas que prevenir é o melhor negócio.
Necessidade
A produção de máscaras de tecido em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus juntou as duas principais motivações de quem decide empreender; a necessidade de sobreviver e a oportunidade. Ou seja, em meio a falta de máscaras cirúrgicas algumas pessoas que estão sem rendas viram uma forma de garantir o sustento da família com a confecção da proteção individual.
Máscaras para quê?
O Ministério da Saúde recomenda o uso de máscaras de tecido pela população em geral. O acessório é aliado no combate à propagação do coronavírus. Para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, que são simples.
É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face. E mais uma informação importante: ela é individual. Não pode ser dividida com ninguém. As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
SERVIÇO
Waldirene Assumpção – Fone 99844.2184
Maria Izabel Baggio – 3622.2583