Usando um smartphone, um notebook ou um tablet conectado à internet, os moradores têm acesso à emissão de boletos e guias, podem consultar licitações, emitir certidões negativas e consultar protocolos e o portal da transparência entre outros serviços.
Aplicativos de mensagens instantâneas, delivery de comida e produtos variados. Aulas online. Reuniões à distância. O armazenamento e o trânsito de dados em nuvem (cloud computing) tem possibilitado a pessoas de todo o mundo enfrentar a pandemia do coronavírus com mais comodidade. No Paraná, essa mesma tecnologia possibilita que o serviço público mantenha em funcionamento serviços essenciais, que podem ser acessados de casa tanto pelos servidores públicos quanto pela população, utilizando qualquer equipamento conectado à internet.
A Lapa é um exemplo disso. Usando um smartphone, um notebook ou um tablet conectado à internet, os moradores têm acesso à emissão de boletos e guias, podem consultar licitações, emitir certidões negativas e consultar protocolos e o portal da transparência entre outros serviços.
Em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense, 90% dos servidores da prefeitura estão trabalhando em home office pelo menos até o dia 11 de abril. De acordo com o gerente de gestão de sistemas da secretaria municipal de Administração, Hélio Ishii Stroparo, tudo está sendo feito online. “E a prefeitura não está sendo prejudicada. Os setores de recursos humanos, administrativo e financeiro, por exemplo, vêm funcionando normalmente”, garantiu. Isso ocorre porque os servidores operam o sistema remotamente, pela Internet, usando o Atende.net, criado pela IPM Sistemas.
Segundo o gerente, o atendimento à população também foi mantido durante a quarentena. Como Pinhais faz gestão pública digital desde 2015, os moradores estão acostumados a resolver problemas administrativos sem sair de casa. Acessando o portal do município por meio de smartphone, tablet ou computador conectado à internet, eles têm à disposição 93 serviços que são efetuados digitalmente, incluindo certidões negativas de débito, ouvidoria e consultoria municipais, consulta de processos e de licitações, emissão de alvarás até pedidos de licenciamento de obras, entre outros.
A administração de Arapongas também colhe as vantagens de ter investido na gestão pública digital. No centro administrativo da cidade, que fica a 381,1 quilômetros de Curitiba, 70% dos funcionários vêm realizando suas funções em home office. Segundo o diretor de Tecnologia da Informação, Tiago Valadão, não houve aumento de demanda pelos serviços disponibilizados no portal do contribuinte porque a população já tem o hábito de executar os serviços online desde 2014. Como o software da IPM continuou operando normalmente, nenhum dos serviços oferecidos pela prefeitura por meio do portal foi descontinuado mesmo com o fechamento de atendimento presencial ao público.
Em meio a uma quarentena, o setor de saúde é um dos mais essenciais em qualquer cidade. E Arapongas, que usa o módulo IPM Saúde, está enfrentando a crise do coronavírus com segurança. “Com a implantação do prontuário eletrônico foi possível integrar todas as unidades de saúde do município, facilitando o atendimento médico, o controle de distribuição de medicamentos e os pedidos de exames”, relatou Valadão.
Outras cidades no Estado que investiram na digitalização de serviços são Cascavel, Paranaguá, Santa Helena, Castro, Campo Largo, Marechal Cândido Rondon, Telêmaco Borba e Lapa, entre outras. Além do Paraná, outros municípios de pequeno, médio e grande porte em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo também mantêm serviços digitais em funcionamento.
Os sistemas de gestão são importantes, por exemplo, para o setor de compras, contabilidade e pagamento de fornecedores, gestão de pessoal e atendimentos nos postos de saúde e UPAs das cidades, que não podem parar mesmo diante de uma pandemia. Entre as tarefas executadas estão a aquisição de materiais para a área de saúde (máscaras, luvas e medicamentos) e até a organização da folha de pagamentos do funcionalismo.