Dezenas de animais preparados pela técnica da taxidermia estão armazenados na sede da Força Verde no alto do Parque do Monge. Este material, além de raro, precisa de cuidado e atenção. Educação ambiental e divulgação turística ganhariam em muito com a exposição adequada destes animais.

Paca, tatu, cutia sim. Com essa pequena paráfrase do ditado infantil fomos convidados a conhecer um amplo e conservado acervo de animais empalhados, ou mais especificamente taxidermizados, como é o nome da técnica que preserva e mantém as características originais do animal após sua morte.

A coleção conquistada pela Força Verde está disposta numa sala na sede do 4º Pelotão de Polícia Ambiental, e chegou à Lapa oriunda da cidade de General Carneiro, veio para o Posto Policial através da doação feita por herdeiros da família Pizatto, que criou e mantinha um espaço com todos estes animais. O acordo feito entre a Força Verde e a família é de que estas peças sirvam para a educação ambiental dentro da área de atuação do 4º Pelotão.

O Sargento Farias, comandante do pelotão e organizador do acervo em conjunto com a família doadora falou com muito orgulho da coleção e apresentou a grande variedade que a compõe. Desde variados pássaros, passando por bugios, cutias e lobo-guará, também se encontra no conjunto um sem número de ossadas de peixes, lagartos entre outros.

Periodicamente os policiais da Força colocam algumas peças em exposição em frente ao posto para apreciação dos turistas, aos quais também ensinam sobre as determinadas espécies existentes no local.

No dia 25 de março de 2021 autoridades municipais reuniram-se com o comando do 4º Pelotão para ouvir as sugestões para melhor utilização como material educacional, além da manutenção das peças de forma mais adequada. Na ocasião Sargento Farias sugeriu a construção de um novo Posto Policial Ambiental ao lado do Receptivo Turístico situado no início da reta do Monge, local este que já dispõe de auditório e seria adequado à exposição e educação ambiental utilizando os animais, o que contribuiria inclusive para a segurança noturna do Parque do Monge.

Durante a reportagem com A Tribuna, outra possibilidade foi cogitada, a de se firmar uma parceria com o Instituto Positivo e destinar os animais para a Mata do Uru, porém segundo o comandante Farias, os herdeiros concordam que os materiais devem ficar no Parque do Monge, sob a tutela do 4º Pelotão e, portanto a solução de um novo Posto de Polícia Ambiental seria a mais adequada à proposta inicial.

A prefeitura municipal anunciou em março de 2021 que daria andamento a um projeto técnico para a construção necessária e levaria aos órgãos estaduais de controle para a execução do mesmo e questionada pela nossa reportagem, a Comunicação do Município informou que “Desde o contato inicial, a Prefeitura da Lapa, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico busca junto ao Governo do Estado a análise mais aprofundada acerca do tema, abrangendo várias novas possibilidades no entorno do Parque Estadual do Monge. Neste momento as tratativas avançam no sentido da criação de um convenio de cooperação, possibilitando que a equipe de Engenharia do Município realize o projeto técnico da obra, de acordo com o interesse do Estado”.

VISITAS

O Sargento Farias colocou o acervo à disposição para eventuais visitas, seja de grupos, seja de famílias, pois, segundo afirmou, sempre tem algum policial no Posto e o acervo está lá para ser visto. Portanto, se você quer conhecer a beleza da fauna local bem de perto, aprendendo sobre cada espécie animal, está convidado a visitar o posto do 4º Pelotão de Polícia Ambiental situado no alto do Parque do Monge. A coleção é impressionante.