O evento, sediado na propriedade do casal Lediane e Divonsir Pinto, atraiu participantes de 20 municípios da região.

O Circuito de Laço da Região Metropolitana de Curitiba, com sua segunda etapa ocorrida na Chácara ELD na comunidade do Capão Bonito na Lapa-PR, trouxe uma agitação considerável para a região nos dias 16, 17 e 18 de fevereiro. O evento, sediado na propriedade do casal Lediane e Divonsir Pinto, atraiu participantes de 20 municípios da região, bem como de cidades de Santa Catarina, totalizando centenas de peões.

Uma das características marcantes do evento foi a generosa premiação, somando mais de 9 mil reais, distribuída entre os atletas participantes. As competições foram divididas em várias categorias, incluindo Força A, B, C, D e Laço Embutido, atendendo a uma variedade de habilidades e experiências dos competidores.

No que diz respeito ao bem-estar animal, a organização mostrou-se responsável ao utilizar um revezamento de 200 cabeças de gado, garantindo que nenhum animal sofresse exaustão durante as provas. A prática do laço comprido, essencialmente, envolve o ato de laçar os bois enquanto o peão monta um cavalo. Uma precisão notável é exigida, com o laço sendo lançado a uma distância de 30 metros e deve encaixar exatamente nos chifres do boi. A técnica é crucial, pois qualquer libertação prematura do boi pode resultar em perda de pontos para o competidor.

É vital também que haja uma boa relação entre o laçador e seu cavalo, já que as provas requerem habilidades específicas que devem ser treinadas e executadas com maestria. O laço comprido, enquanto modalidade, recebeu reconhecimento como patrimônio cultural imaterial no Brasil, conforme estabelecido pela Lei 13.364/2016, que legitima as expressões culturais desse esporte.

Esse tipo de evento não apenas celebra a tradição e a habilidade dos participantes, mas também destaca a importância de preservar e promover atividades culturais regionais como parte integrante do patrimônio nacional.