A importância da educação

Nesta semana vi alguém (que agora infelizmente não me recordo) compartilhar no Facebook uma publicação a respeito dos níveis de educação no País. O assunto sempre me chama a atenção, por considerar somente este o caminho para que o desenvolvimento realmente aconteça.

E, por coincidência, nesta semana a Lapa voltou a presenciar os educadores municipais irem às ruas para reivindicar que seus direitos sejam respeitados. Certa vez li que a educação de base, o ensino fundamental, deveria ser o mais valorizado. Principalmente dos anos iniciais. Isso porque é ali que tudo começa. É onde também se “toma gosto” pelo estudo, pelo conhecimento. É onde se aprende a gostar da leitura, da matemática… Quando se tem uma boa educação de base, que promove o encantamento pelo conhecimento, fica mais fácil levar adiante o hábito do estudo, a vontade de saber cada vez mais.

No entanto, a informação que vi no Facebook é triste. Dizia o seguinte:

“Apenas 8% dos brasileiros adultos têm proficiência na leitura, ou seja, apenas uma minúscula fração da população adulta brasileira sabe ler adequadamente.”

E quem publicou a informação completou: “Pois é, esse dado saiu e praticamente ninguém se escandalizou.
Talvez uma comparação meio tosca ajude: é como se de cada 100 TVs fabricadas, apenas 8 funcionassem realmente; e mesmo assim as pessoas continuassem comprando essas TVs. Absurdo, não é? Tenho dificuldades de imaginar um exemplo melhor de fracasso total e absoluto e ainda conjugado com resignação cínica”.

Aí, você deve estar se perguntando para quem devemos apontar o dedo. Seria para os educadores municipais, os responsáveis pelo ensino fundamental?

Acredito que não… A culpa, realmente, é de todos nós.

A publicação referida aponta um problema ainda mais grave do que a questão da baixa proficiência na leitura. É a indiferença da população quanto a qualidade da educação.

O autor da publicação disse: “Isso não é o fracasso do governo, mas do Brasil como nação. Nós apenas fazemos de conta que nos importamos com educação. Na verdade, nem sabemos ao certo o que é isso. Queremos os diplomas, que nos dão acesso aos melhores postos no mercado de trabalho. E já temos nossas fábricas de diplomas, que na imensa maioria das vezes usam a educação como pretexto para vender seu verdadeiro produto”.

É urgente. É mais do que urgente pensar em dar valor à educação. Em cobrar dos governos que nossos alunos tenham educação exemplar. Isso passa pela valorização do professor e da exigência de infraestrutura adequada também (salas de aula com número de alunos adequado, contratação de mais educadores nas escolas e creches, material pedagógico de primeira qualidade, escolas com reais condições para acolher as crianças…).
Mas, não se engane, leitor! Essas reivindicações não devem acontecer somente ao Poder Público Municipal. As verbas municipais são limitadas. Para contratação de mais atendentes de creche, por exemplo, é preciso ter orçamento disponível. Para que a situação orçamentária dos municípios seja melhorada, é preciso mudanças também no Governo Federal. Então, é hora de todos se mobilizarem e exigirem mais respeito não somente aos educadores, mas a toda a população, que merece ver a Educação realmente acontecer no País.

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