Acha o Brasil muito corrupto? Vá para o Uruguai!

Parece brincadeira, mas é verdade – perdemos para o Uruguai. Na verdade, ganhamos de poucos na América Latina.
Existe uma ONG internacional chamada “Transparência Internacional” que em 1995 resolveu avaliar a percepção de corrupção em cada país. Para isso ela faz uma avaliação entre funcionários públicos e políticos e avalia como eles estão percebendo a situação de um ano para outro. Como existem muitas definições para corrupção, eles estabeleceram que neste caso vale “o abuso do poder confiado para fins privados”, ou seja, usar o que é público como se fosse particular, privado.
O Brasil, como alardeado em toda a imprensa televisiva, está amargando a posição 96, entre 180 países. Ou seja, estamos na metade pior.
Um pequeno alento é que nenhuma nação ficou livre da mancha da corrupção. Como a nota varia de zero a cem, percebe-se que mesmo os melhores colocados têm suas máculas, pois a melhor nota foi 89. Os dez melhores países variaram com notas entre 82 e 89 e, ainda, mesmo o melhor colocado perdeu pontos de 2016 para 2017. Ou seja, todo mundo faltou pelo menos uma vez na aula sobre honestidade.
Mas o alento é mesmo pequeno. O Brasil teve nota 40 em 2016, agora amargamos nota 37, e perdemos até para a falida e mal falada Grécia, que tem nota 48 e em 2012 era considerada mais corrupta que o Brasil. Aliás, isso é marcante. Nos últimos cinco anos nossa nota teve algumas variações, chegando em 43 pontos em 2012 e caindo para 38 pontos em 2015. Em 2016, talvez devido ao efeito Lava Jato ou pelo Impeachment, melhoramos para 40. Mas a alegria foi curta… caímos novamente.
Se a melhoria entre 2015 e 2016 foi mesmo pelo Impeachment e resultados da Lava Jato, podemos esperar que se Lula for preso nossa nota irá melhorar em 2018. Outro efeito impactante são as eleições, mas por tudo que está se encaminhando, o efeito será ruim, talvez até neutralizando a melhoria com a prisão do líder da quadrilha. De qualquer maneira, estamos num sobe e desce que não chega a lugar nenhum. Um ano melhora, outro piora. Como os outros países estão investindo no combate a corrupção, vamos ficando para trás. Um exemplo já citado é a Grécia, que estava pior que nós em 2012, e agora está quase saindo do ranking dos países que não querem nada com nada (basicamente os com nota menor que 50).
Agora uma provocação… Sabe o Uruguai, aquele país relativamente desprezado pelos brasileiros, que por acaso já foi território nosso e que se separou do Brasil, da mesma forma que o sul quer se separar hoje em dia? Pois é… ele está com nota 70, considerado o melhor colocado em toda a América Latina, inclusive empatado com a França e pouca coisa atrás do Japão. Será então que separar do Brasil ajudaria a melhorar o combate a corrupção? O Uruguai separou e está muito melhor…
Mas não só isso. Temos também o Chile, que há décadas assumiu uma politica que os esquerdistas brasileiros chamam de “neoliberal”, mas na verdade não tem nada de “neo”… é a mesma política recomendada por Adam Smith desde 1776. Pois é… o Chile com sua política neoliberal está em segundo lugar na América Latina, e é mais honesto – de acordo com este ranking – que Portugal e Israel. Coincidência?

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