Talvez pelo pouco tempo de campanha, mas também pode ser pela falta de propostas inovadoras, mas a impressão que tenho é que está faltando algum tempero para nossos políticos colocarem mais sabor nesta disputa.
Tanto na Lapa como em Contenda os candidatos são pessoas boas, dispostas e competentes para o cargo de prefeito. São pessoas com entusiasmo e vontade de mudar ou melhorar a situação política municipal.
Esse esforço dos candidatos compensa a falta de tempero das discussões eleitorais. Mas o assunto que quero chegar é: Porque não temos mais pessoas interessadas e voltadas ao trabalho público? Principalmente pessoas interessadas em trabalhar como vereador.
Não temos todos os dados, mas podemos falar um pouco sobre isso.
Diversas pessoas boas que entraram na política se decepcionaram, não com os outros candidatos, mas com o POVO.
Em muitas discussões políticas, notamos a total falta de respeito do povo pelas instituições, preferindo dar o seu voto praquele que manda o melhor abraço. Isso gera uma barreira para pessoas.
Um exemplo foi a professora Valentina Batista, que, após ser eleita e exercer o seu mandato, resolveu não mais disputar as eleições. A alegação? É muita sujeira em todos os níveis.
Não só ela, mas muitos empresários, estudantes, professores e personalidades sabem que poderiam contribuir muito estando num cargo eletivo. Porém, para chegar ao cargo, você tem que colocar o seu pezinho da sujeira. Tem que se sujeitar às vontades populares, que geralmente tendem a ser em benefício próprio.
Quando ouço falar de compra de votos, churrascos e mentiras de campanha, sinceramente acho que o povo tem o que merece mesmo.
Eles se sujeitam e sujeitam o candidato a ser daquela maneira, expansivo, gastador e pagador de contas. Isso não é a política. Isto é troca de favores.
E este é o método que todos conhecemos e aceitamos, mal ou bem, de agir na política.
Existem candidatos interessados em realmente melhorar a cidade, mas estes não estão gastando dinheiro na campanha, nem comprando voto, nem mandando abraço. Estes interessados estão indo de casa em casa mendigar a sua confiança, que, bem no fim, não irá prá você e sim práquela figurinha de sempre, porque, sim, eu sou amigo dele.
