Homem que é homem não agride mulher

O espaço Prosa na Tribuna, transmitido toda quarta-feira, às 19h30 pelo Facebook da Tribuna Regional trouxe o tema “Direitos da Mulher”, título este que abre uma ampla gama para entrevista. Porém, um dos mais pedidos assuntos para a entrevista foi a violência contra a mulher.

Usar de violência é um dos modos mais comuns de tentar se fazer dono da razão e, talvez por isso, muitos homens usem os punhos, palavras ou ameaças veladas para fazer valer a sua verdade. Sem tirar o peso da violência, dá prá notar que estes homens são tomados por insegurança e falta de autoconfiança, pois dependem de ações violentas ou ácidas para se contrapor à opinião da mulher.

Já diziam os bons homens de antigamente que ‘em mulher não se bate nem com uma flor’. A frase pode parecer piegas e antiga, até sexista se você quiser, mas envolve uma máxima que vem de gerações de bons homens no trato com suas esposas, companheiras ou namoradas.

Quando um casal se forma é comum haver desentendimentos e diferenças, afinal, cada um dos indivíduos foi criado por uma família diferente, com valores diferentes, perspectivas diversas e até conceitos familiares que não são os mesmos um do outro. Entender e conviver com estas diferenças é sinal de maturidade, tanto para o homem quanto para a mulher.

A maturidade e, principalmente, o diálogo sem pudores, devem ser constantes numa relação. Explicar com calma ao parceiro as suas angústias, dividir sentimentos de ciúme, inseguranças e problemas pessoais ajuda muito para a concretização daquela premissa de que um casal é a soma de duas pessoas para a criação de uma família.

Muitas pessoas vêm de lares desfeitos, o que é comum hoje, famílias das mais variadas formas, criadas por outras pessoas que não seus pais e mães, mas este fato não dá o direito ao indivíduo de usar de desrespeito para com o parceiro. Se na casa de origem era comum haver gritos e xingamentos, o indivíduo tende a levar este conceito para seu novo lar e aí que entra o bom senso, compreensão e amor, como ferramentas para aplainar as arestas e fazer fluir o relacionamento.

Entender um relacionamento é importante. Voluntariamente duas pessoas se unem para conviver cotidianamente. Só o reconhecimento deste fato é bastante para saber que as duas vontades tem que conviver e aprender a se respeitar. Assim como no bulling, a violência dentro de um relacionamento é uma forma de esconder as inseguranças e defeitos, e geralmente diz muito mais sobre a pessoa que bate do que aquela que apanha.

Quem bate não tem maturidade para viver numa relação, simplesmente isso.

 

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Aramis José Gorniski


Entre em contato com Aramis José Gorniski: aramizinho@gmail.com