O Brasil que queremos

Mesmo que possamos estar descontentes com o rumo político que nosso País escolheu, temos que admitir que o sistema é muito forte e não admite mudanças muito radicais. Bolsonaro foi um desses casos de ‘anomalia’ que chegou ao poder, mas não soube se colocar na cadeira de presidente. É triste admitir, mas agora, passadas as eleições, devemos pensar nisso.

Um governante ao ser alçado ao posto de Presidente da República acaba se tornando, por si só, uma instituição. Ao assumir, o indivíduo não é mais um cara solitário com opiniões pessoais, e sim um representante de um país, com todos os problemas que contém nele.

Bolsonaro foi rude no trato com a imprensa, pegou briga com organismos internacionais, deixou de conduzir de maneira ‘amável’ a pandemia, brigou com muita gente, enfim, o que fez com que grande parte da população pegasse ranço de sua pessoa e buscasse outra opção. A única opção com capacidade para vencê-lo era Lula. As manobras de ‘descondenação’ e limpeza do passado de Lula foram trágicas, um momento tenebroso na história jurídica do país, mas isso só foi possível pela beligerância com que Bolsonaro tocava suas pautas.

Enfim, passadas as eleições, teremos um novo governo com Lula como presidente e Geraldo Alckmin como vice. Eles terão que negociar com um Congresso preferencialmente de Centro Direita, o que será importante para a manutenção da democracia no país. Pautas extremas que tanto foram batidas na campanha contra Lula terão dificuldade em se concretizar sem uma ruptura institucional, o que daria margem para a tão falada intervenção e uso da lei que cuida de Manutenção de Lei e Ordem.

O País ficou dividido porque as duas campanhas utilizaram o medo como forma de aumentar a rejeição ao outro lado. Comunistas contra fascistas, milicianos contra ladrões, o bem contra o mal, tudo muito absoluto. Todos que tem um pouco de experiência e vida sabem que não existe esta divisão e o bem ou o mal podem estar de qualquer lado. Também podemos dizer que, na verdade, às vezes somos bons e às vezes somos maus. Faz parte da vida.

Finalizando, o Brasil que queremos depende somente de nossos esforços, sejam eles no trabalho, no acordar mais cedo prá cuidar mais de sua família, na busca por aperfeiçoamento e crescimento pessoal. Não será este ou aquele governo que vai fazer isso por nós. Somos mais e melhores que toda essa narrativa despejada nas eleições.

Somos o Brasil. E continuamos a acreditar num futuro melhor.

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Aramis José Gorniski


Entre em contato com Aramis José Gorniski: aramizinho@gmail.com