Ao encerrar as comemorações dos 123 anos do Cerco da Lapa, mais uma vez ouvimos a história do episódio, narrando a coragem dos resistentes lapeanos e a insistência dos invasores maragatos. A cada ano surpreende o modo como os artistas da Lapa apresentam o seu já tradicional espetáculo teatral ao ar livre.
Este ano “Lágrimas de Uma Guerra” realmente levou grande parte do público às lágrimas, tamanha a emoção envolvida na apresentação encabeçada pela União dos Artistas da Lapa (UAL), com apoio do Exército Brasileiro (15º GAC AP), Polícia Militar do Paraná e Prefeitura Municipal.
Diversas lições podemos tirar, tanto do episódio do Cerco da Lapa, como do esforço das gerações atuais em manter e resgatar a memória daquele momento. A resistência dos nossos heróis lapeanos se compara com a persistência e seriedade do trabalho dos artistas envolvidos. A insistência dos Maragatos em tomar a pequena cidade da Lapa pode ser comparada ao grande trabalho envolvido na união de diversas entidades e pessoas para viabilizar a produção do espetáculo apresentado.
Pode parecer uma grande conversa fiada, mas a nossa cidade vive, cresce e amadurece não pelas mãos dos que mandam, mas sim pelas mãos daqueles que fazem, que se dedicam e que doam seu tempo para realizar seus projetos e tornar seus sonhos em realidade.
Precisamos de mais gente como vocês, componentes da União dos Artistas da Lapa. Precisamos de mais gente que aguente o tempo ruim para mostrar a que veio. Precisamos de lapeanos que se envolvam nas ações de qualquer natureza, pensando na cidade que vão deixar para os filhos e netos.
Precisamos, enfim, de lutadores.