Ordem e decência

 

Deus, que nos ama através de Jesus Cristo, quer que haja ordem e decência, em Igreja e sociedade. Aliás, de que adianta uma pessoa auto ajuizar que fez o bem de muitas formas, a gente pobre e rica, acorreu a lugares tidos por ‘santos, sagrados ou consagrados pelo ser humano – e, assim por diante –, deu o dízimo, fez todos os votos nos quais ela mesma é a agente de sua graça, salvação, mérito, só porque alguém assim disse que seria assim a vontade divina, no que tange a alcançar graças, se Deus a considera culpada no tocante ao nome e à honra dEle? Sim de que adianta auto concluir que fez boas obras se ela é culpada diante de Deus de ter silenciado e abandonado a Verdade? Mais. De que adianta se gloriar dos seus muitos bens, sua honra, seu favor, seus amigos e amigas, se o nome e a honra de Deus nada lhe representam? Na verdade, o que pouca gente, senão as iluminadas pelo Amor de Deus, reconhecem, é que o ser humano faz o que é bom e verdadeiro, quando, antes de mais nada, não é falso, enganador, mentiroso, homicida – qualificantes do diabo. Por isso mesmo, piedade e ética andam unidas e imbricadas de tal forma que, quando assumidas, objetivamente, fazem com que sejamos honestos, bondosos, misericordiosos, obedientes pela fé.

É certo o adágio: “tal qual a pregação e o ensino repassados ao povo, assim o nascimento dele”. Quantas e quantas vezes Jesus Cristo e os apóstolos resistiram, em sua época e contexto, a todas as doutrinas falsas, sedutoras, errôneas e heréticas, bem como a toda forma de poder religioso e político. A pergunta que não cala é: por que o fizeram? E, a resposta, tanto mais necessária: por que se lutamos com o santo nome de Deus contra o nome de Deus, o povo, ainda que muito religioso, inverte os valores paradisíacos originais. Em palavras simples isto significa: a fé ‘ruim’ produz ordem social injusta e morte. Aliás, pão e circo, não geram pessoas mais justas, honestas, verazes. Pelo contrário, não poucas vezes, suscitaram gente atrevida, ousada, soberba, sem que o percebam, não raro, em virtude da realidade presente que propicia o nascimento do “pobre povo seduzido”. Nós não precisamos dar ouvidos a quem ordena e institui algo da sua própria invenção, ainda que alegue o dito de Jesus: “Quem ouve a vocês ouve a Mim, e quem despreza a vocês despreza a Mim” – Mc 10.16. Fundamentado nestas palavras pessoas já se apoiaram fortemente, ficaram atrevidas, ousaram dizer e fazer o que elas mesmas quiseram, deixaram de fazer o que era justo e direito, excomungaram, amaldiçoaram, roubaram, praticaram toda sorte males como lhes aprouve e ‘deu na telha’. No entanto, Deus, sempre, suscitou, ao longo de toda a história, profetas e profetisas que denunciaram e condenaram o mal nas pessoas más, quer investidas de autoridade secular e religiosa ou não. A conversão iniciou, antes de tudo, em si mesmas.

Deus, Cristo, o Espírito Santo não querem que demos ouvidos a tudo que as pessoas dizem e fazem. No entanto, se em Igreja e sociedade, uma pessoa comunica e age em sintonia com a Palavra de Deus, o Evangelho, erramos, gravemente, se não lhe escutamos. É que neste caso, a palavra e a obra não são dela. Aliás, se nós colocamos e temos em alta consideração a honra e o nome de Deus, vamos ter um mundo melhor de se viver. E, isto por que ‘atacamos’, não as pessoas, mas as forças espirituais do mal.

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com