O comodismo e a falta de lideranças

Eleições em menos de dois meses e você aí se perguntando: Em quem vou votar? Essa simples questão levanta diversas outras perguntas. As principais dúvidas dizem respeito a opções de voto, mas também podemos questionar a falta de lideranças novas em nossa região. Cada prefeito que veio a administrar o município nos últimos 30 anos o fez sem pensar em abrir espaço para a nova geração de possíveis administradores.

Nesta eleição provavelmente teremos muitos candidatos à reeleição, alguns líderes que conseguiram seu lugar na política, mas a grande maioria dos pretensos políticos é aventureiro ou é candidato apenas prá levantar a bandeira de seu partido.

A falta de senso comum levou a maioria dos administradores municipais a “matar no ninho” qualquer possibilidade da criação de novos nomes, adequados à nova realidade municipal e com pensamentos ‘novos’. Em determinadas gestões o prefeito exigia que apenas o seu nome fosse enaltecido nas ações administrativas, cerceando totalmente a possibilidade de algum novo potencial líder despontar.

Talvez seja uma característica regional esta nossa resistência a apoiar mudanças. Somos povos com costumes antigos e para alguma coisa ser alterada em nossa sociedade é muito penoso e demorado.

Os ‘novos tempos’, recheados de comunicação instantânea e proximidade virtual deveriam nos unir em pról da busca de novos líderes. Com as facilidades existentes deveríamos estar trocando ideias e discutindo melhorias para nossas comunidades. Porém, o que realmente interessa é saber da fofoca da vizinha em detrimento do destino do município.

Além do interesse em assuntos inúteis também temos uma grande barreira para a criação de lideranças possíveis de serem votadas: A Câmara Municipal. Sim, amigo leitor, os vereadores são um dos principais entraves para a mudança e renovação. Mesmo trocando algumas cadeiras, o espírito legislativo não deixa ninguém se destacar. Temos, em todas as gestões, alguns palpites sobre vereadores que poderiam dar bons prefeitos, mas que no fim acabam não disputando a prefeitura prá garantir o seu carguinho da Câmara.

Se os próprios políticos que poderiam nos trazer um ar renovado não o fazem, a comunidade, que é uma massa manobrável com facilidade, irá votar naquele mais seguro ou conhecido, ou seja, nos mesmos que já estiveram lá.

Este texto não tem a intenção de criticar os políticos que já estiveram lá, afinal cada um que já governou o município contribuiu com um tijolinho para a construção de uma cidade melhor. Só temos a intenção de mostrar que precisamos pensar no amanhã, discutindo problemas, sugerindo soluções e, muito mais importante, confiando em alguém que nos representa. Votar no mesmo só porque ele é conhecido é um sinônimo de preguiça. Ou de comodismo.

 

 

 

 

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Aramis José Gorniski


Entre em contato com Aramis José Gorniski: aramizinho@gmail.com