O importante não é ganhar, mas fazer o outro perder

Parece cruel essa afirmação do título, mas a realidade é essa. Neste momento de organização e negociação para as eleições, o sentimento maior que aparece é o revanchismo. Muitos estão na disputa apenas para medir a popularidade frente aos adversários sem ter a mínima preocupação com o futuro da cidade ou com o bem estar dos cidadãos que acreditam na pessoa.

Propostas absurdas e mirabolantes aparecem, mas a maioria destas promessas e ‘compromissos’ apresentados durante a eleição são tiradas de pesquisas e análises dos entendidos, visando apenas fazer você, leitor e eleitor, comprar esta ou aquela idéia. Cumprir as propostas eleitorais quase não tem importância durante o mandato, afinal, na próxima eleição os políticos apresentam novos projetos para mudar o mundo e nós, reles mortais, continuamos acreditando.

Você pode achar que isso tudo é um descaso, uma brincadeira com o sentimento dos cidadãos, mas, no fundo, todo mundo só age por interesse próprio. Se alguém for beneficiado, melhor, mas o importante é buscar a satisfação pessoal. Isso acontece no nosso cotidiano, sem ao menos nos darmos conta.

É importante começarmos a prestar atenção nas nossas ações e atitudes. Fazemos o que fazemos porque é o que sempre fazemos. Isso precisa mudar. Precisamos de mais atitude, tanto do político, mas principalmente do eleitor. Se votamos em troca de algum favor ou por sermos amigos do candidato, fazemos parte desta sujeira toda. O sujeito que vota num candidato acha que tem o direito de pedir favores pessoais para si próprio durante o mandato do dito cujo. É assim que as coisas acontecem, mesmo que não queiramos admitir.

Como diz aquela sábia frase, que “os que não gostam de política tem que se resignar a ser governados por aqueles que gostam”, precisamos aumentar nossa participação nos assuntos que nos cercam, seja indo na Associação de Bairro, na Associação de Pais e Mestres da escola do filho, seja nas audiências públicas ou enfim, em qualquer movimentação que faça parte do nosso alcance.

O descaso do eleitor com o rumo do município é notado principalmente nas participações em Conselhos Municipais, Câmara Municipal e nas Audiências Públicas para discutir projetos. A participação popular é mínima, quando não é nula. Dá vergonha de estar presente a uma reunião dessas e ver que só tem uns gatos pingados marcando presença.

Quando você quiser reclamar que o prefeito ou o vereador não está fazendo o seu trabalho, pare e pense. Quantas vezes você já foi nestas reuniões? Quantas vezes você gastou um pouco do seu tempo para opinar e sugerir ações e atitudes aos administradores?

O futuro do nosso país começa pela participação e dedicação individual nos problemas da comunidade. Se você se ausenta, alguém vai lá e decide. Você não terá direito a reclamar.

Faça parte da vida da comunidade. Ela vai agradecer.

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Aramis José Gorniski


Entre em contato com Aramis José Gorniski: aramizinho@gmail.com