O que interessa não é a verdade, mas uma mentira que agrade

Papeando com a amiga Valéria Xavier, fisioterapeuta, divagamos pelos mais diversos assuntos, desde política até viagens espaciais, chegamos à conclusão de que a população em geral prefere uma mentira bem contada do que uma verdade que faça doer.

Tanto isso é verdade que temos gente ainda acreditando na inocência dos bandidos do PT, nas conversas de Lula, assim como tem gente idolatrando Bolsonaro e o colocando como Mito, esquecendo que ele também é um político e tem os defeitos e erros de qualquer pessoa.

Com a velocidade das informações que nos chegam e a quantidade de dados inúteis que recebemos nas redes sociais, estamos ficando preguiçosos e displicentes.

Quando alguém publica um “textão” (que nada mais é do que um escrito com mais de dois parágrafos), o usuário da rede não lê, pois é muito tempo perdido.

Preferimos receber aquelas notícias que agradem aos nossos olhos do que ler informações que nos levem à verdade. A verdade é cruel, irritante e, geralmente, não agrada. Porém aqui entra outro problema, nesta superficialidade que vivemos: Quem tem a verdade nas mãos? Achamos que ninguém.

Tem um ditado que fala que existe a minha verdade, a tua verdade e a Verdade de Verdade, que nem eu e você concordamos. É assim que estamos tocando a nossa vida. Levantando bandeiras em nome de mentiras bem contadas, cegando nossas opiniões acerca do contraditório e, talvez por comodismo, deixamos de procurar saber se o que falamos é uma coisa plausível e concreta.

Preferimos compartilhar opiniões que “lacrem” ou que “tapem a boca” dos nossos desafetos, sem querer discutir o cerne das questões.

Interessante que essas atitudes não se aplicam apenas a pessoas com baixa escolaridade, mas, principalmente, são usadas por pessoas em posições de destaque para arrastar o seu “gado” ou os seus “mortadelas”, através de uma piada bem colocada ou uma ironia daquelas que marcam.

Estamos tão superficiais que não queremos que as coisas sejam esclarecidas. Preferimos ficar nas nossas bolhas, recebendo mais do mesmo e assim viver, caminhando e cantando, como um cavalo com os tapa-olhos impedindo que tomemos conhecimento das coisas ao nosso lado.

Este desabafo não é para consertar coisa alguma, é apenas uma forma de mostrar que a humanidade, com mais tecnologia, é menos humana e inteligente do que deveria.

Abramos os olhos e busquemos mais. A sua verdade pode ser apenas uma mentira bem contada.

 

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Aramis José Gorniski


Entre em contato com Aramis José Gorniski: aramizinho@gmail.com