Diferenças: Elas existem?

Esta semana tivemos duas oportunidades de repensar acerca das diferenças pessoais. Uma delas foi no Prosa na Tribuna, com a participação da professora e intérprete de libras Jeanen Pavloski Machado e  da jovem surda Emanueli Leonardi, pedagoga e professora.

A prosa foi muito esclarecedora e trouxe à baila muitas questões sobre a diferença entre as pessoas. As meninas presentes à ocasião trouxeram muita informação sobre a questão, mostrando que as diferenças são vistas por pessoas ‘iguais’, ou seja, todos que pensam que são completos acham que qualquer pessoa que não se encaixe nas suas definições é menor. Aprendemos muito com o bate-papo e podemos dizer que fomos criados numa geração onde o preconceito é constante.

Falando em preconceito, sair da nossa bolha, escutar a realidade do outro, conhecer pontos de vista diversos, ter contato com contextos sociais diferentes são passos importantes para a construção de uma sociedade que enfrenta seus preconceitos, acolhe a pluralidade e respeita a diversidade.

Isso aprendemos na terça-feira à tarde, numa conversa descontraída promovida pela vereadora Brenda Ferrari, com o tema LGBTQIAP+ e a dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Nesta ocasião a participação de diversos representantes da sociedade civil foi muito importante para o enriquecimento do tema. Aprendemos neste dia que, além de sermos pessoas diferentes e únicas, temos gostos, preferências e orientações diferentes, mostrando para quem foi criado pensando ‘reto’ nem sempre é o que está no caminho ‘correto’.

O preconceito e a simples análise individual de forma equivocada traz muito prejuízo ao mundo, excluindo pessoas que tem muito a contribuir e muito a ensinar. No caso dos surdos, o uso da Língua Brasileira de Sinais se mostrou imprescindível para o entendimento e acesso a todos os lugares públicos, sendo necessário o aprendizado desta modalidade de comunicação desde a mais tenra idade. No caso dos LGBTQIAP+ vimos e aprendemos que as capacidades intelectuais e sociais de qualquer indivíduo independe do que ele gosta ou do que ele faz com seu corpo e nós, que nos achamos ‘normais’ precisamos abrir espaço para dar oportunidade e aproveitar os talentos de pessoas que se mostram apenas ‘diferentes’, mesmo que sejamos todos diferentes uns dos outros.

A inclusão pode ser traumática e impactante no início, mas ela nos traz um aprendizado de mundo que não conhecemos. Entender e conhecer as realidades dos outros é muito mais importante do que pensamos e, principalmente respeitar as diferenças é um conceito que devemos aprender e trazer para nossos filhos.

Repense seus conceitos. Deixe seus pré conceitos de lado e viva melhor tendo pessoas capazes, simpáticas e impressionantes fazerem parte da sua vida.

Você vai viver melhor e o mundo vai ser um lugar mais acolhedor.

Please follow and like us:

Aramis José Gorniski


Entre em contato com Aramis José Gorniski: aramizinho@gmail.com