“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe de que tendes necessidade, antes que lho peçais. Portanto, vós orareis assim: Nosso Pai no céu, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino, faça-se a tua vontade, na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal, pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém” – Mateus 6.7-13.
Eis, pois, o verdadeiro pedinte, diferente da gente feita, por causa da sua fé, teologia, culto e piedade farisaica – charlatã inútil -, que muito papeia, em oração, com seu blá-blá-blá-blá-dublado. Ela, porém, jamais, infelizmente, fora da verdadeira fé, a que é dádiva, se dá conta do que Cristo prega, ensina e confessa: do mais salutar e benéfico possível. A pessoa com fé presente, a que não cega em sentido espiritual, na viva Voz de Cristo, porém, sabe que tudo que tem, teve e virá a ter, neste mundo fugaz e contraditório, é dádiva divina, por graça. Ela diz: SENHOR nosso, eu sei que não consigo, por minha própria razão, força e inteligência criar nem preservar para mim sequer um pedaço do pão de cada dia, nem auto guardar-me de qualquer dificuldade ou infortúnio, corporal ou espiritual. Por isso o esperarei de Ti, somente, todos os dias, que mo ordenas orar e prometes atender-me, quando oro a Ti, ao modo da Palavra, como aquEle que se antecipa ao meu pensamento e supre a minha necessidade, sem méritos e dignidades da minha parte, já que a Ti me apego em fé e confiança verdadeira.
Esse é o reconhecimento na oração que Jesus Cristo, na Palavra, pelo Espírito Santo, segundo apraz a Deus Pai, quer gerar e ter colocado em curso na vida e fé dos fariseus também. E que é, ao mesmo tempo, o culto genuíno, supremo e mais precioso que podemos prestar a Deus, pois assim se Lhe dá a honra e o agradecimento que Lhe cabem e são devidos. Isso a fé, ensino, confissão dos fariseus não faz. Antes, arrebatam e devoram todos os bens de Deus qual gente que nem parece ser ser humano, por vezes. Pois lhes leva, com avareza e usura, a tomar o que é de outrem, em nome da religião, sem pensar em considerar a Deus, sequer uma vez. E, enquanto isso, pretendem ser gente santa com seu grande ‘vira-e-mexe e taramela’ religiosa, como se o que fazem fosse oração. O coração dos fariseus é irregenerado. Sim, é triste que eles, no geral, não se arrependem e nem creem em Jesus Cristo.
O coração da gente feita cristã chora quando a Palavra de Deus e a fé são perdidas entre o povo, pois está convencida do ‘estrago’ que se causa quando se coopera no suscitar consciências escravas de farisaísmo. Aliás, vale lembrar que é, altamente, lucrativo manter o povo na ignorância quanto ao autêntico sentido bíblico da oração. Entretanto, pela pura pregação, se aprende, ensina e confessa, amparado no Evangelho, que nós temos, por causa de Jesus Cristo e Seus méritos, tudo de Deus e nada de nós. Tal pessoa que tem o santíssimo Evangelho colocado em curso na sua doutrina e fé, diferente dos fariseus, por exemplo, aceita o que Jesus Cristo ensina e prega acerca da oração. Ela aceita a Palavra, na fé, e se exercita em contar sempre com Deus Pai e tudo ela espera dEle, que tudo faz segundo Lhe apraz.
Isto posto, em suma, quanto à oração, Deus nos ensina que nós precisamos aprender a conhecer a nós mesmos/as e a Deus, o que nos falta e de onde tirá-lo e onde buscá-lo. Isso, sem sombra de dúvida, resulta numa pessoa, por ação do Espírito Santo, de fora, internamente, com fé presente no Evangelho de Jesus Cristo, excelente e judiciosa que saberá lidar com todas as situações e enfrentá-las corretamente para honra e glória de Deus.
