Jesus Cristo, nas bem-aventuranças, fala do estamento espiritual que tem, obviamente, reflexos no secular. Aliás, o secular nem precisaria existir, caso o espiritual fosse pleno de santidade, lealdade, justiça, fidelidade. Há pessoas que se auto sugestionam fé e santidade, não raro em busca de fama e glória. Elas se auto ajuízam a gente mais santa das santas. Na verdade as verdadeiras integrantes da comunhão das pessoas crentes e batizadas. Elas creem que são as únicas que têm fome e sede de justiça, ostentam grande aparência de piedade, usam discurso tido por excelente porquanto é ‘politicamente correto’, dando a impressão, falsa, de que nem mesmo Deus sabe e faz melhor do que elas. Contudo, é nos frutos, que a gente santa autoproduzida, se desmascara e denuncia. Pois onde deveriam exigir justiça, a saber, que as coisas sejam feitas de modo correto, justo e veraz, tanto no regime espiritual quanto no secular, elas não o fazem com base em seus próprios critérios de fé, misericórdia, bondade, compaixão. E, não raro, o justificam com piedosa conversa e oração com conteúdo que agrada à carne, ao mundo e ao diabo. Jamais ou raramente lhas ocorre instruir alguém ou melhorar a situação em Igreja e Sociedade. Elas próprias vivem uma vida totalmente viciosa: com arrependimento e fé que bagateliza a graça de Deus, a fé, o Espírito Santo, os Meios da Salvação. E, se alguém ousa criticar o seu procedimento ou não o elogia e nem faz o que elas querem, ensinam e ordenam, essa pessoa é logo considerada herege e é condenada ao ‘inferno’, não raro. Assim são todas as pessoas que são falsas santas, pois a própria santidade auto gerada as deixa arrogantes, soberbas, presunçosas, altivas. Elas desprezam a toda gente que não anda nos seus ‘caminhos e veredas’. Elas não têm e nem podem vir a ter um coração misericordioso, bondoso e clemente como, suficientemente, vemos e lemos acerca dos grupos político-religiosos da época de Jesus – mas não só!
A advertência de Jesus Cristo na presente bem-aventurança tem eficácia dupla. A umas Ele convoca ao arrependimento e consola, sobrenaturalmente. A outras pessoas ouvintes ela é uma advertência necessária contra a sua santidade infame – não gerada pelo Espírito Santo via Palavra de Deus. Jesus Cristo quer que as pessoas que se confessam dEle ao modo dEle sejam misericordiosos/as: que tratem toda pessoa de forma cuidadosa; que ajudem a corrigir, em seu estado e modo de vida, com misericórdia, seguido a Lei de Cristo, sem deixar de ser fiel à Vontade de Deus e à doutrina dEle; que saibam, aprendam e sejam gente que perdoa a pessoa próxima, porquanto é pecadora, por natureza; que tenham mente, espírito e coração determinados pela verdadeira justiça: a que odeia o pecado mas ama a pessoa pecadora. E, que não deem ou queiram dar ‘rédeas’ a sua própria arbitrariedade e raiva. Simples e em suma: Jesus Cristo, ao modo de Sua doutrina e pregação, quer que a pessoa crente nEle seja tão justa que possa proceder de modo amigável e fraterno, puro e verdadeiro com aquela gente que quer abandonar a injustiça e se emendar. Que lhes perdoem as faltas e a fraqueza. E, que as tolerem até que tais pessoas as superem e deixem. Porém, se as pessoas misericordiosas, tentaram tudo isso e não veem esperança de melhora, então, elas podem sim desistir delas e entregá-las às autoridades ou a quem tem a incumbência de punir o mal.
Um dos aspectos, centrais, da misericórdia, é que você, pessoa crente em Cristo, pecadora por natureza, perdoe, de bom grado, às pessoas pecadoras e fracas. O outro, não menos importante, é que você, também, pratique obras boas com aquela gente que sofre carências exteriormente ou que necessitam de ajuda, o que se nomina, com justiça, obras de misericórdia, tal qual lemos em Mateus 25.35-37. Não fique de braços cruzados. Sirva!
BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS
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