BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS

Jesus Cristo ensinou e proclamou como maravilhoso fruto da fé dádiva do Espirito Santo, via Palavra pregada por Ele, e como uma boa continuação da bem-aventurança precedente: ‘bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.’ Porquanto que quem deve ajudar a outras pessoas e promover a paz geral e o bem comum ao modo de Deus, essa pessoa, deve ser misericordiosa e bondosa. Ela não pode ser uma pessoa que logo explode e tem acessos de raiva se ainda falta algo e as coisas não vão como deveriam, onde, não obstante, há esperança de melhora na fé, no amor e na esperança.
As pessoas oponentes da Vontade boa e misericordiosa de Deus para conosco – as santas ao modo da carne, do mundo e do diabo – que são plenas de falsa santidade, não foram e nem são capazes de ser compassivas e misericordiosas ao logo de toda a história até os nossos dias. Elas não foram e nem são compassivas e misericordiosas com Jesus Cristo e nem sequer com quem nEle creu, ao modo de Sua pregação. Elas não são e nem sequer foram compassivas e misericordiosas com as pessoas frágeis e fracas na fé, dádiva do Espírito Santo. Bem pelo contrário, elas queriam viver a vida e a fé com o maior rigor possível, segundo a carne, que é fraca. Elas eram seletivas de forma tal que se viam alguma falha na prática da espiritualidade de outrem por elas auto ajuizada como não aprazível a Deus, logo nada mais restava nelas senão raiva e fúria, como o doutor em teologia Gregório Magno ensinava: ‘a verdadeira justiça é misericordiosa; a falsa evidencia injustiça.’ A verdadeira santidade, a que é inspirada pelo Espírito Santo, é misericordiosa e compassiva com a pessoa próxima. A falsa, porém, nada sabe fazer senão raivejar e bufar. Não obstante, o/a falso/a santo/a diz que o faz ‘em zelo pela justiça’, conforme se ufana, isto é, que o faz por amor e zelo pela justiça. Será?
Em traços gerais, não raro, ao longo da história, as pessoas que nada quiseram saber da doutrina de Jesus Cristo, realizaram arbitrariedades e tiranias sob a bela e maravilhosa aparência e sob o pretexto de que o fizeram sistematicamente por amor à justiça, levando a cabo atos de inimizade e de traição contra o Evangelho sob o argumento de que estavam protegendo a Verdade e exterminando tudo o que o Filho Unigênito de Deus não nos ensinou. Agindo assim, como mérito, acharam que Deus lhes devia, no juízo final, colocar uma coroa sobre a cabeça e que Ele lhes devia levar ao novo céu e à nova terra, como recompensa por serem pessoas que, de grande sede e fome de justiça, perseguiram, mataram e queimaram pessoas em quem ajuizavam o Evangelho não havia sido colocado em curso na vida, pelo Deus Espírito Santo. A pergunta que fica é: será que a perseguição e a morte atroz de muita gente crente em Cristo, do passado, não foi uma ação ausente de misericórdia? Tem piedade de nós, SENHOR! E, nos ajuda a não repetir história de vida e fé ausentes de misericórdia. Amém.
Isto posto, convém frisar que fato é que quem se auto ajuíza misericordioso está à cata de fama de verdadeiro santo; tem fome e sede de justiça ao modo do seu juízo de valor; ostenta aparência de santidade; pensa que é portador de grande sabedoria na Palavra de Deus; e, não raro, usa um discurso tão excelente que nem mesmo ‘Deus sabe melhor’. Tal gente se reconhece nos frutos. Quão repulsiva é a história da falsa santidade dita cristã. Perdão, SENHOR. Quanta ausência de misericórdia crentes em Ti vivenciam e vivenciaram de quem se auto ajuíza santo/a, agredindo filhos/as de Deus, de verdade! Converte-nos, SENHOR!

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com