Jesus Cristo doutrinou as multidões, no assim nominado Sermão do Monte, dizendo: “bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” – Mateus 5.6. Nesta passagem “justiça” não deve se tomado no sentido da principal justiça cristã, pela qual a pessoa se torna justa e agradável perante Deus. E, isto porque as oito bem-aventuranças nada mais são do que uma doutrina sobre os frutos e as boas obras de uma pessoa cristã, que devem ser precedidos da fé em Jesus Cristo, como a árvore ou o artigo principal, ou, em suma, de sua justiça e bem-aventurança sem qualquer obra ou mérito nossos; fé da qual todos esses artigos de fé têm que brotar e seguir. Por isso, se deve entender Jesus Cristo, aqui, quando fala de “justiça” como sendo a justiça exterior perante o mundo, que praticamos entre nós no convívio com outras pessoas, e que o sentido breve e simples dessas palavras é o seguinte: uma pessoa de bem e bem-aventurada é aquela que sempre insiste e se empenha, com todas as forças, para que tudo corra corretamente e todas as pessoas procedam com honestidade e justiça, e que ajuda a preservar e promover a elas com palavras e ações, conselhos e exemplos.
A presente bem-aventurança é um artigo de fé precioso e vital, que encerra muitas boas obras, mas, também, é muito estranho. Vamos ilustrá-lo com um exemplo. Se um pregador, por exemplo, quer estar à altura deste artigo, ele tem que ser suficientemente hábil para instruir a cada pessoa, individualmente. E, ajudar-lhe para que exerça corretamente e faça o que lhe compete como pai, mãe, magristrado, patrão, patroa, empregado/a, professor/a, pastor/a, administrador/a, funcionário público, etc. E onde constata que há carências e as coisas não ‘acontecem’ com justiça, ele deve fazer-se presente, advertindo, repreendendo, sugerindo e melhorando no que puder em honra e glória de Deus, mas, também, em benefício e proveito de todas as pessoas e de toda a criação de Deus. Isto não é fácil de fazer porque aqui nós de forma muito viva e real experimentamos como o ser humano é mau por natureza; é injusto; mente com a verdade; abusa do poder. Aqui a pessoa bem-aventurada se depara, concretamente, com egoísmo, altivez, soberba, petulância, mentira, jactância. Ademais, fica evidente como uma pessoa bem-aventurada ao modo do Evangelho de Jesus Cristo é ‘joia rara’. Não obstante, como, com facilidade, uma pessoa na vivência, exercício e estado de bem-aventurada pode ser ou vir a ser negligente no ofício e na profissão. Não raro se verifica aí bulling e evidente objeção do que crê, ensina e confessa a pessoa feita bem-aventurada e em exercício da presente bem-aventurança. Um exemplo claro e inequívoco é Jesus Cristo. Note. Bastou Ele abrir os lábios e já vivenciou rejeição e oposição não do povo, mas das autoridades constituídas, a começar pelas religiosas de Sua época.
Se uma pessoa é bem-aventura e exerce o que a presente bem-aventurança assevera, o resultado são obras boas. E, desta forma toda pessoa é beneficiada, inclusive, a gente inimiga, má, incrédula. Quando uma pessoa vive a presente bem-aventurança estão sinais concretos de paz e de graça ao modo de Deus, se fazem presentes entre nós em sentido amplo, quer em Igreja quer em Sociedade. Eis porque, onde e quando há pessoas que procuram seguir ou continuar impondo a ‘sua’ verdade auto inovada não falta a constatação clara e inequívoca de injustiça. As pessoas que creem, na prática, na doutrina de Jesus Cristo e gostariam de agir com seriedade e correção ou ser encontradas ou ajuizadas pelo próprio Deus no juízo certo e ação que Ele tem como Vontade Sua para nós, fazendo as obras boas são elas, justamente elas, as que têm fome e sede de justiça. Gente com fome e sede de justiça não se conforma com o fato de que há corrupção, mentira com a verdade, má-fé, patifaria e toda sorte de injustiça na terra, abuso de poder, corrupção de toda ordem na terra. Mas…
BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA
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