A castidade perfeita e o completo desprezo dos prazeres e bens temporais ao juízo de Deus e de Sua Palavra só se cumprem e são possíveis no novo céu e na nova terra. Aqui, inclusive, a pessoa mais obediente, carece de perdão. Porque em todos os mandamentos de Deus não se vê outra coisa senão amor a outras pessoas e à comunidade. Isto é: amor a Deus verdadeiro. Bem como, amor ao próximo verdadeiro. Porquanto o amor verdadeiro, inspirado pelo Espírito Santo, via fé no ministério da pregação, em comunidade, não está em busca do que é dele, mas do que é de Deus ao modo dEle e do/a próximo/a. O amor verdadeiro se entrega livre, voluntária e espontaneamente a Deus pela fé e ao/à próximo/a para estar à sua disposição, a seu serviço e às suas ordens, contanto que não seja contra a Palavra de Deus.
Assim vês que nos dez mandamentos de Deus estão contidos, de modo ordenado, decente e breve, todos os ensinamentos necessários para a vida do ser humano ao modo da Vontade de Deus. Mas… Quem os cumpre confessa que tem neles boas obras para fazer a toda hora, de modo que não precisará optar por práticas e formas de vida e fé inovadas pelo ser humano. Quem quer fazer boas obras não precisa peregrinar e nem ficar correndo para cá e nem para lá e nem muito menos fazer o que o ser humano inovou como regra de fé e de conduta. A questão é obedecer e tributar a Deus e à Sua Palavra fé e confiança. No entanto…
Está indicado, claramente, no nono e décimo mandamentos como podemos e, sobretudo, como devemos fazer boas obras no estado e condição de gente crente e batizada. Neles Deus não ensina nada que a pessoa precise fazer e deixar de fazer para si mesma ou cobiçar de outras pessoas, em Igreja e Sociedade. Mas, sim, o que devemos fazer e deixar de fazer às outras pessoas – a começar pelo fato de que nós estamos no estado e na condição de pessoas chamadas à existência pelo mesmo Deus Criador e Mantenedor de tudo o que vemos e não vemos. E, é Ele, exclusivamente, quem ordena o que devemos e não devemos fazer a Ele e às pessoas que nos cercam, quer crentes e batizadas ou quer não, e a nós mesmos/as. Deus, pela Palavra, nos conscientiza e faz compreender que o cumprimento do nono e do décimo mandamentos está no amor às outras pessoas e a nós mesmos/as. Porquanto a pessoa humana, por natureza, faz, deixa de fazer e busca a si própria já em excesso, não sendo mais necessário ensinar, e sim coibir o amor concupiscente ativo-contínuo para o mal.
Vive melhor quem vive quem vive nada para si – como um Cristo para o/a próximo/a. E, vive pior quem vive para si mesmo/a. É isso que ensinam não só o nono e o décimo Mandamentos de Deus, mas, sim, todos eles. As perguntas que ficam são: a) quem faz e quem não faz obras boas, de verdade? b) quem, realmente vive bem ao modo da Palavra de Deus e quem não? Reconhecendo isso, nós precisamos aprender agora, onde e junto a quem buscar a possibilidade de viver bem e de cumprir os mandamentos de Deus na integralidade, ainda que sejamos pessoas pecadoras por natureza. A saber: na fé, dádiva do Espírito Santo, via pregação pura da Lei e do Evangelho da Glória e da Graça de Deus. E, nos Meios da Graça de Deus administrados e recebidos conforme a ordem e a instituição de Jesus Cristo.
Isto posto, cada um de nós pode concluir o quanto nós mesmos/as somos beneficiados/as quando ouvimos e vivemos ao modo da Vontade de Deus, pela fé nEle.
