CONCUPISCÊNCIA

O nono e o décimo mandamentos de Deus proíbem, condenam e rejeitam a concupiscência maligna do corpo, do desejo e dos bens temporais. Eles são claros por si mesmos e permanecem sem prejuízo para o próximo. As concupiscências malignas são ‘alimentadas e cultivadas’ no coração e tem como fundamento, meta e alvo a cobiça que faz querer ter o que é do/a próximo/a em desejo ativo-contínuo para o mal, sem nunca estar saciada. Razão pela qual elas vêm em prejuízo e lesam o/a próximo/a direta e imediatamente.
Deus ensina no nono mandamento: “Não cobiçarás a casa de teu próximo.” Isto significa: que nós devemos, quer o queiramos ou não, temer e amar a Deus e, portanto, não pretender adquirir, com astúcia, a herança e casa do próximo, nem nos apoderar dela sob aparência de direito. Mas devemos ajudar e servi ao/à próximo/a para conservá-la. Mas…
Certamente quem não se importa com a Palavra, mesmo batizado/a, faz pouco caso do que Deus aqui proíbe e ordena até que é direta ou indiretamente é lesado/a. Daí, não raro, busca e acorre à ajuda da justiça humana para garantir que não seja prejudicado/a. No entanto, a todos/as nós Deus fala por meio deste mandamento, quer sejamos gente que crê na Palavra quer não. A questão é se nós ainda nos importamos com o que Deus fala, hoje e já.
Deus ensina no décimo mandamento: “Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem os seus empregados, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe pertença.” Isto significa: que nós devemos temer e amar a Deus e, portanto, não apartar, desviar ou aliciar a mulher do próximo, os seus empregados ou o seu gado. Mas devemos aconselhá-los para que fiquem e cumpram o seu dever. O fato de que no mandamento de Deus diz que não devemos cobiçar a mulher do próximo não exclui que não devemos cobiçar o homem da próxima.
Repito. Certamente quem não se importa com a Palavra, mesmo batizado/a, faz pouco caso do que Deus aqui proíbe e ordena até que é direta ou indiretamente é lesado/a. Daí, não raro, busca e acorre à ajuda da justiça humana para garantir que não seja prejudicado/a. No entanto, a todos/as nós Deus fala por meio deste mandamento, quer sejamos gente que crê na Palavra de Deus quer não. A questão é se nós ainda nos importamos com o que Ele fala.
O apóstolo Paulo reuniu estes mandamentos em Romanos 7.7, na parte final: “Não cobiçarás.” Ele o coloca como alvo que não conseguimos alcançar por nossa própria razão e inteligência. Razão pela qual a pessoa cristã tem este mandamento – não cobiçarás – em ‘mira’ até a morte. Porquanto, jamais, uma pessoa foi tão santa que não sentisse em si mesmo a inclinação concupiscente maligna, particularmente na presença de causa e estímulo. É que o pecado original nos é inato por natureza. Ele pode ser abafado, mas, jamais, aniquilado por completo, senão pela morte física. A qual, por esta razão, é proveitosa e desejável.
Que Deus nos ajude a redescobrir as obras boas contidas nestes dois mandamentos. Amém. Ademais que aprendamos a enfrentar, seriamente, com penitência, a cobiça. E, que, sem procrastinar, aprendamos a buscar um confessor ou uma confessora junto a quem pedimos e recebemos a assistência espiritual. Mas, não só. Que aprendamos a buscar oração e intercessão junto aos/às irmãos/ãs contra a concupiscência maligna ativo-contínua. Amém.

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com