QUEM, PORÉM, MATAR

Quem ouve a Jesus Cristo, integralmente e sem adulterar as Suas Palavras, escuta que Ele diz: “Vós ouvistes que foi dito aos antigos: “Não matarás”. Quem, porém, matar está sujeito a julgamento” – Mateus 5.21. E, quem o faz concluirá que, diferente de ser uma pessoa meramente religiosa, ser uma pessoa cristã significa ter fé, teologia, culto e vida cruciformes, por causa de Cristo. Porque ser uma pessoa cristã que ama a pessoa próxima não amável na esperança de que seja transformada em amável e não deixá-la sofrer necessidade, na condição de inimiga, como ela mesma gostaria de ser tratada, é um ‘fardo pesado’. E, como as pessoas santas segundo a sua própria inventiva, o consideram demasiadamente pesado, creem, ensinam e confessam que o que consta no versículo vinte e um não pode ser ordenado do modo como Cristo o fez, mas, sim, que precisa ser deixado e ficar ao livre arbítrio de quem o gostaria de cumprir. E, segundo elas, quem, todavia, não quer ou não pode cumprir o que Cristo doutrinou, essa pessoa não deve ser onerada com isso. Assim elas, tentam calar Cristo, assenhoreando-se de Sua Palavra e fazem da doutrina dEle o que bem entendem, para, em última análise, camuflar e esconder os seus pecados, iniquidades e transgressões sob o ‘manto’ da santidade e piedade. Os escribas e fariseus rejeitam a Jesus Cristo e Sua doutrina.

Jesus Cristo não mistura teologia com ciências humanas. Ele não se deixa enganar pela falsa fé, teologia, culto e vida dos fariseus e escribas. Ele não revoga Sua sentença que pronunciou e anunciou aqui: Quem não tiver uma piedade melhor do que a deles, para esse o céu ficará fechado e será condenado e, como veremos a seguir, será réu do fogo infernal quem diz a seu irmão: “Tolo”. Disso certamente se pode deduzir, se isso é aconselhado ou ordenado. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça Cristo, integralmente, sem crucificá-Lo, de novo.

Fariseus e escribas são os que as palavras indicam, então e hoje. Eles, sempre, encontraram e encontram, uma ‘glosazinha’ para justificar sua mentira, mentido com a verdade. Eles dizem, para ser específico, certamente, está ordenado que se deve refrear a ira e a raiva no coração, não, porém, os sinais da ira. Ou seja, eles dizem: Perdoar, sim; mas não esquecer, ou, então, tomar o propósito de que não irás irar-te nem fazer mal e, não obstante, negam à pessoa próxima toda a boa ação, não lhe dizer nenhuma palavra boa nem fazer-lhe um gesto amigável. Aqui, pergunta ao próprio Deus e a Cristo por que não negou também esses benefícios àqueles que O crucificaram, blasfemaram e injuriaram do modo mais ignominioso, mas, bem pelo contrário, intercede por eles, dizendo: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”, embora eles fossem os piores patifes que teriam, com justiça, merecido castiga e ira. Sim, se Ele se tivesse irado conosco, que fomos, ao modo da Palavra, os Seus inimigos e praticamos, em verdade, toda sorte de idolatria e blasfêmias contra Deus, Ele deveria ter ficado lá em cima no céu, ao invés de derramar o Seu sangue precioso e amargamente, na cruz, morrer por nós e dizer, ao modo do politicamente correto: Certamente quero perdoar, mas não vou esquecer os seus pecados. Assim, toda gente teria permanecido propriedade do diabo e nenhum ser humano teria escapado do inferno.

Em resumo, a fé, teologia, culto e vida dos fariseus e escribas são escandalosas e condenáveis e, certamente, é pecado e escândalo que alguém ousou e ousa pregar na cristandade o que contraria o que diz no presente versículo de modo tão claro e óbvio. As mentiras dos fariseus e escribas são atraentes à carne corrupta! Cristo diz: Segue-me!

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com