Gente santa de modo hipócrita é para Jesus Cristo, mesmo que muito se embelezem e vistam de santidade, piedade, culto e fé auto justificadas, sempre, gente santa de modo hipócrita. E, Ele não manda ninguém dizer o que tem a dizer e doutrinar. Bem pelo contrário, notificando ao arrependimento e à fé nEle, fala para os fariseus e escribas, da época e do presente, tanto em Igreja quanto em Sociedade: “Vós ouvistes que foi dito aos antigos: “Não matarás”. Quem, porém, matar está sujeito a julgamento” – Mateus 5.21.
Cristo, que convoca ao discipulado, toma o Mandamento de Deus, em separado, e diz, doutrinando, sem perder o nuclear: Vocês ouviram dos fariseus que Moisés ordenou e que se ensinou desde a antiguidade: “Não Matarás”. Com isso, vocês agora se lisonjeiam e enfeitam e se apresentam como os que ensinam e praticam, aplicadamente, os Mandamentos de Deus, conforme Moisés os ensina e como os recebemos dos antigos. Vocês – fariseus e escribas – ficam o pé e insistem, dizendo: Cá está Moisés que diz: “Não matarás”. E nessa palavra vocês permanecem e não permitem que se a interprete num sentido mais amplo, além de seu teor restrito, de modo que as pessoas simples têm que dizer: É verdade. É isso que consta no livro. Porém, mantendo, somente, a letra, sem considerar o espírito da Palavra, vocês, fariseus e escribas, obscurecem as palavras com seu ‘berreiro’ e as suas glosazinhas podres, de modo que não se vê o que as palavras contêm e o que querem dizer segundo Deus, o autor dos Mandamentos. Acaso acham vocês que Moisés se refere, somente, aos punhos ao dizer: “Não matarás”? A que ele, em Deus, na Palavra, se refere? Resposta: Não, apenas, a tua mão ou a teu pé, à língua nem a outro membro isoladamente, e, sim, a tudo que és como pessoa, em corpo e alma. Quando Deus, no Mandamento, nos ordena que não matemos, Ele não quer que o façamos, não, somente, com o punho, e, sim, com a pessoa toda. Deus tem em mente não apenas que não matemos com a mão, e, sim, o ser humano todo ao qual pertence a mão não é para matar! Porque, sozinha, a mão nada faria, se não participasse todo o corpo, com todos os seus membros. O que Jesus Cristo doutrina não é uma simples opinião ao lado de outras.
Por isso, quando Deus diz e nos faz saber, mediante Moisés – e, Cristo resgata a essência, sem adultério no significado, como o diabo o quer que façamos –: “Não matarás!”, Ele ensina que uma pessoa pode encontrar, se quiser, em sua impenitência e incredulidade, maneiras de matar com quantos membros ela tem. Ela pode encontrar maneiras de matar com todos os seus membros – e, que Deus nos livre disso! É possivel matar com a mão, com a língua, com o coração, com sinais e gestos. É possível matar com os olhos: Quando o nosso olhar é amargo ou invejoso em relação à pessoa ou à vida dela. É possível matar com os ouvidos, quando não gostamos de ouvir falar dele da pessoas próxima, não a interpretamos da melhor maneira e nem sequer a desculpamos fazendo todo o possível para que se emende e se retrate. Tudo isso são maneiras concretas e objetivas de matar a pessoa próxima. Pois o coração depois da queda de Adão e Eva em pecado e toda a natureza humana é concupiscente. Ou seja, fora ou contrário à Palavra de Deus, é de índole concupiscente tal que desejaria que a pessoa próxima estivesse morta. Ainda que, entrementes, a tua mão descanse de matar, a língua silencie de morte, os olhos e ouvidos se fechem para o que mata, o coração, contudo, está cheio de assinato e homicídio, quando não regenerado pelo Espírito Santo e pelo batismo. A pessoa crente batizada crê, ensina e confessa que, somente, Deus tem poder sobre a vida e a morte. A vida, desde a concepção, procede e deve estar nas mãos dEle!
