O filho e a filha que honram pai e mãe devem ter em vista a bem-aventurança de Deus na vida, na morte e para além delas. Contudo, somente na Palavra, a natureza do filho e da filha, renovada pelo agir do Espírito Santo, é revestida de ética e virtudes cristãs. Ele/a, ainda que o pai e a mãe sejam pobres e com muitas carestias, confessa que ter pai e mãe tementes a Deus é uma dádiva. E, o mandamento “honrarás a teu pai e a tua mãe…” é uma convocação às boas obras. Ele nos torna consciente de quantas boas obras um filho ou uma filha podem fazer, em sujeição a outra pessoa a quem cabe honrar no SENHOR. Eis porque a obediência da fé é tão exaltada, plena de toda sorte de virtudes e frutos compreendidos neste Mandamento de Deus.
O que é dito e ordenado por Deus com referência ao pai e à mãe biológicos, entretanto, também deve ser entendido em relação às pessoas que ocupam o seu lugar, no caso de os pais terem falecido ou não estarem presentes: irmãos/ãs mais velhos/as, parentes, padrinhos, madrinhas, senhores/as seculares e pais/mães espirituais. Pois cada qual precisa ser regido e estar sujeito a outras pessoas. Maldita é a vida e a forma de viver em que o/a filho/a ou o pai e a mãe não amam e nem honram a Deus. Tal gente, por vezes, é bem religiosa, mas se levanta contra toda e qualquer forma de autoridade, como vemos, no caso de Corá – Nm 16 –, primo de Moisés, que entroniza oposição malévola em relação aos servos do Deus Vivo.
Filho/a renovado/a pela fé em sua natureza enfrentam a perigosa e sutil tentação: o ser e agir que aparentemente honra pai e mãe. Ela se torna vívida no caso do/a filho/a que erige a sua própria verdade e faz de si um ídolo e deus. Pior é quando o pai e a mãe são os mentores de tal desonra maldita que endeusa a vontade pessoal do/a filho/a em detrimento da Vontade de Deus. Isto não é algo raro de verificar. Basta que haja um pai e uma mãe que desmerecem os Mandamentos da primeira tábua. Quando pai e mãe se alienam de Deus, então, se cumpre aquilo que está escrito nos profetas Isaías – 57.5 – e Jeremias – 7.31; 32.35: ‘os filhos são consumidos pelos próprios pais.’ Tais pais obstinados, procedem como o rei Manassés, que fez com que seu filho fosse sacrificado e queimado para o ídolo Moloque – 2Rs 21.6. Acaso não temos o texto atualizado, em sentido espiritual, hoje, quando o pai e a mãe educam o/a filho/a para agradar o mundo e a sua própria carne mais do que a Deus? Pai e mãe que deixam o filho e a filha viver e agir de forma altiva e irreverente a Deus e Sua Vontade boa para todos/a nós não exercem o seu estado e função de forma agradável ao SENHOR. Melhor. Tal pai e mãe não são representantes de Deus junto ao/à filho/a.
Deus não quer que o pai e a mãe e nem sequer que o filho e a filha sejam gente inimiga dEle. Deus quer que tanto o pai e a mãe quanto o filho e a filha sejam gente de renome em sua época e geração via fé que cumpre os Mandamentos de Deus.