Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, que não se engana nas palavras, nem é prolixo e nem sequer é leviano no que proclama e professa, disse: “bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” – Mt 5.6. As pessoas discípulas dEle vivem renúncia não somente de seus direitos, mas, também, de sua justiça própria. Ela lhes é negada, suprimida e obstaculizada por ‘n’ formas de injustiça. Não há glória e nem exaltação próprias no que tal gente, espontaneamente, vive e sacrifica a serviço do Reino de Deus e Sua justiça junto a todas as pessoas, quer amigas quer inimigas da Verdade, da fé, do amor da cruz.
As pessoas discípulas de Jesus Cristo, de verdade, podem ter justiça, somente, na condição de fome e sede por ela. Eis porque serão fartas tendo a Deus como agente, mono. Elas, em verdade, não podem ter justiça própria nem experimentam a justiça de Deus na terra, em sentido último, porquanto vivem, sempre, na esperança da justiça futura de Deus, que é última, perfeita, divina, inefável. Elas não podem e nem devem, ao modo da presente bem-aventurança, estabelecê-la elas mesmas. Eis, porque serão fartas tendo a Deus como agente, mono – repito! As pessoas seguidoras de Jesus Cristo, obedientes pela fé, ficam, sem dúvida, famintas e sedentas de justiça durante o jornadear peregrino-terrenal. Elas clamam e anseiam, ardentemente, pela conversão da gente injusta e pela segunda vinda de Jesus Cristo. Elas aguardam, esperançosas, a renovação, completa, de céus e terra. Porquanto o ser humano caído em pecado, determinado pelo pecado, morte, inferno e todo o mal, é injusto, de todo.
A justiça de Deus, a aguardada na esperança, está encoberta pela maldição do mundo carente de justiça original. Ainda a gente que injustiça recae sobre as pessoas bem-aventuradas fazendo gemer, sem dó e piedade. O Filho Unigênito de Deus, aquEle que é seguido pelas pessoas bem-aventuradas morreu na cruz, tamanha a oposição em relação a quem é justo em palavras, atos, ações – enfim, de todo. Ele ajudou gente cristã e não cristã. No entanto, quem ficou com Ele em morte e dor? Quem tem fome e sede de justiça?
As últimas palavras de Jesus Cristo na cruz – merecida por nós, gente injusta – são um grito por justiça: “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?” E, Deus O ouviu. A pessoa discípula de Jesus Cristo, o Crucificado Ressurreto Ressurreto Crucificado, não está acima de Seu Mestre, SENHOR e Salvador, único e suficiente. A Ele é que elas seguem obedientes na fé. Razão pela qual são bem-aventuradas e têm a promessa consoladora de que serão fartas. Elas hão de ser agraciadas pela justiça divina, não apenas ouvindo, como acontece, aqui, na esperança. Elas serão, fisicamente, alimentadas e saciadas com a justiça de Deus. Elas comerão o pão da verdadeira vida na Ceia Derradeira, na companhia, vis-à-vis, do SENHOR, o que venceu a morte, o inferno, o mundo, o diabo e todos os seus filhos e filhas.
Bem-aventuradas são as pessoas que não se acovardam em se eximem de fazer o que corresponde à justiça em todos os sentidos. Elas já têm o futuro presente junto a si na promessa que atinge, pela fé, a sua existência até no tutano de seus ossos. AquEle que é o Pão da Vida está com quem nEle crê, corporeamente, apesar da fome e da sede de justiça, na vida e na morte e para além delas. Esta é, sem sombra de dúvida, a alegre e feliz bem-aventurança da gente que tem fome e sede de justiça. Discipulado é união com o Cristo sofredor.
SERÃO FARTOS
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