TESTEMUNHO E CRUZ INCOMUM

A maioria de nós concorda que é da Vontade de Deus que não devemos testemunhar com falsidade contra o próximo. Mas, poucas são as pessoas que assumem a cruz incomum que sobrevém aos/às servos/as da Verdade do SENHOR em nosso favor e benefício. Razão pela qual sempre houve quem não seguiu, integralmente, a Palavra de Deus. Confessar a Verdade, por escrito ou de viva voz, no estado e condição de filho/a de Deus, não só diante do estamento secular, mas do espiritual, tem um preço corpóreo: a cruz incomum. Razão pela qual houve quem ‘fugiu da raia’ e dissimulou o testemunho da Verdade a perder os seus bens, seu prestígio, suas boas graças, sua vida boa. A aletofobia é um critério de ação vil, sempre.

Quem não reconhece a Deus e nem sequer Lhe rende culto via invocação e fé, foge do testemunho da V(v)erdade e da cruz incomum. Ele/a não lhe questiona quanto a sua vida obediente ou desobediente a Deus. E, até é compreensível. Ser uma pessoa que ouve e crê no conteúdo da Palavra de Deus, de verdade, é um chamado e uma vocação. E, quem não espera nada de bom de Deus, não é corajoso/a. Bem pelo contrário, negando a Jesus Cristo e Seu Ensino, é obstinado/a, temeroso/a, não se arrisca e nem ainda apoia a verdade, sem ressalvas. Para quem testemunha a verdade, de verdade, tanto faz se está em jogo o próprio pescoço ou o manto, se é contra gente do estamento espiritual ou do civil. Logo, a cruz incomum, nunca, é biografia de quem apostatou da obediência da fé ao invés de vir a ser mártir da verdade, pura.

A pessoa que ouve crendo em Deus e em Sua Palavra não despreza o benefício e a graça de Deus. E, com base nela despreza o benefício e a graça terrenais, bem como os bens e o prestígio junto a pessoas, testemunhando a Verdade ao próximo. Assim ele/a deixa ir e vir o que não quer permanecer, conforme está escrito no Salmo 15.4: “Ele despreza os que desprezam a Deus e honra os que temem a Deus”. Isto é: uma pessoa que testemunha a V(v)erdade não teme as pessoas tiranas, poderosas e nem ainda as que não se importam com os mandamentos de Deus. Bem pelo contrário, ciente de que uma pessoa cristã faz obras boas, não considera tais, mas os/as despreza para ser e permanecer membro e coerdeiro/a da vida eterna e perpétuas alegrias. Em contrapartida, as pessoas que são perseguidas por causa da Verdade, temem, amam e confiam em Deus acima de tudo, a estas a pessoa que cumpre o oitavo mandamento se apega, auxilia, cuida, honra, contrarie a quem contrariar – eis uma boa obra ‘sepultada há metros e mais metros de entulhos’ entre nós. Está escrito acerca de Moisés, em Hebreus 11.24-27, ele que ajudou ao seu povo a despeito do poderoso rei do Egito: “Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão. Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível.” Uma boa pergunta é: no que resultou o batismo na vida de quem mente e engana?

As obras boas depreendidas do oitavo Mandamento de Deus, pela fé, precisam ser redescobertas em Igreja e Sociedade. Elas, no entanto, dependem da fé que testemunha e é à favor da V(v)erdade, apesar da realidade da cruz incomum! Por um acaso não urge redescobrir a biografia de vida obediente, em Igreja e Sociedade, com urgência, para alegria e paz reais?

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com