Doa a quem doer

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   

Lendo o artigo “Doa a quem doer”, do Professor Arlindo Costa, leitor do jornal Tribuna da Fronteira, de Mafra (SC), parei e pensei: isto serve tanto para os mafrenses como para os lapeanos.

Em Mafra, há algum tempo estão ocorrendo problemas na política. E é sobre a realidade daquele município que o Professor se refere. Mas, os problemas se assemelham a diversos municípios e munícipes pelo Brasil a fora.

O artigo começa com a frase “Todo vereador que se vende recebe mais do que vale”, do Barão de Itararé.

E segue: “(…) No “Brasil, um País de todos”, a pobreza e a ignorância valem mais que um título de doutorado. A grande maioria não quer mudanças. O povão quer parasitar no governo. Nesse espaço jornalístico, meu interesse aqui, é dizer tudo aquilo que muita gente sabe e pensa, porém, infelizmente sentem medo ou vergonha de dizer. Que este artigo possa despertar muita gente que anda adormecida e acomodada sobre a crise política (…).

Na política estão de um lado os eleitores e de outro, as especulações sobre quanto vale cada voto no mercado da patifaria política. Nunca é tarde para lembrarmos de que quando votamos para vereador, o mínimo que devemos saber como eleitores é de que cabe ao Legislativo, na função que corresponde ao seu nome, deliberar sobre as leis que determinam o que o Executivo deve ou pode fazer, assim como lhe cabe fiscalizar o cumprimento dessas leis pelo Executivo, podendo até cassar o mandato de quem as descumpra. Ele é, portanto, numa democracia, do nível municipal ao federal, uma instância decisiva, porque representa a sociedade no seu conjunto. A conseqüência disso é de que na história do Legislativo estamos votando sem maiores cuidados nos representantes desse Poder. Dessa inconsciência política, aliada à cultura da troca do voto por favores, decorre a baixa qualidade ética, política e técnica de nossos Legislativos. Com isso eles não cumprem com seriedade suas funções, na busca de soluções para os problemas do povo, e não deliberam de forma efetivamente democrática, a partir dos diferentes interesses da sociedade. Ao mesmo tempo, a corrupção se instala impunemente na gestão dos recursos públicos aliando a banda podre do Legislativo e do Executivo nos inúmeros exemplos que são veiculados na imprensa. Vendendo-se ao Executivo, nossos parlamentares se transformam em balcões de negócios e suas decisões são freqüentemente perniciosas para a sociedade.

Nos países desenvolvidos os eleitores cobram os ocupantes de cargos públicos por e-mail ou escrevendo cartas. Nos países subdesenvolvidos os eleitores se omitem ou se vendem. Essa é à hora de o eleitor exercer sua democracia e cobrar, (nunca é tarde) do posicionamento dos nobres edis. “Como contribuinte e eleitor, espero que os políticos honrem os votos recebidos nas urnas e as promessas de seriedade feitas aos eleitores.”

Com a reprodução deste artigo, a esperança é de que no ano de 2010, em que novamente os eleitores serão testados, haja mudança no comportamento da população. Que passem a agir com mais seriedade e discernimento quando escolhem seus representantes.

Que parem e analisem os candidatos que vêm até o seu município e, também, os que os estão trazendo.

Que 2010 seja um ano em que a população perceba que, se estiver unida e organizada, poderá fazer muito mais. A começar, exigindo mais de seus políticos.

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