De acordo com informações coletadas pelo colunista Josias Camargo Junior, havia 63 presos até o dia 11 de fevereiro na Delegacia da Lapa. Segundo levantamento feito pelo colunista, do total de encarcerados, 31 não possuem advogado atualmente (a defesa foi feita por advogado dativo).
Quanto à reincidência, 40 dos detentos são réus primários e 23 reincidentes. E, de acordo com listagem de detentos emitida pelo Delegado Fagundes, apenas quatro são acusados de crime de homicídio, 25 presos respondem a processo por tráfico de drogas e 31 por furto e/ou roubo.
Analisando os dados, percebe-se que para alguns o retorno à vida social de forma digna não é impossível. Mas é preciso que se oportunize condições para que não voltem a cometer crimes Mas, para que isso aconteça, é necessário que a sociedade se disponha a ajudar.
A Pastoral Carcerária, em conjunto com a Tribuna Regional e o colunista Josias, estão buscando alternativas para que os detentos que sejam viciados possam se recuperar. Sem deixar de lado outro ponto importante: o estudo. A grande parte dos presos é jovem e não completou os estudos. Nisso, a Pastoral já está podendo contar com voluntários para tentar viabilizar a alfabetização de adultos. No entanto, os problemas ainda são muitos. Falta médico voluntário, psicólogo, assistente social, dentista…
Muitas pessoas podem ficar indignadas ao notar que alguns estão se mobilizando para conseguir amenizar o problema prisional da cidade. Esquecem, porém, que a geração de delinquentes é de responsabilidade da sociedade. E é dever da mesma repensar o sistema penitenciário. Não adianta manter uma pessoa presa se o sistema está falido e não recupera ninguém. A Pastoral Carcerária está solicitando doações de colchões para os detentos. A situação está precária e muitos não possuem. Quem puder colaborar deve entrar em contato com a Terezinha Meira pelo telefone 41-3622-2739.
