Você sabia que a Tribuna completou 34 anos de existência no dia 03 de junho? E você sabe como o semanário surgiu?!
Surgiu de um sonho de Aramis Gorniski e de uma necessidade da Lapa na época, que estava sem um jornal que representasse seus conterrâneos.
É certo que, quando Aramis fundou o semanário teve muito incentivo de seus amigos. E uma questão séria tomava conta de seu pensamento: o que deixar como legado ou contribuição para o mundo em que habitava?
O início das atividades da Tribuna está sendo um dos temas abordados neste Bate Papo de uma edição que abrangerá vários assuntos. Em primeiro lugar o aniversário da fundação do jornal. Em segundo lugar, o aniversário de 241 anos da Lapa. Depois, a Festa de Santo Antonio, padroeiro da cidade. Em seguida, mas não com menor importância, o Festival de Cinema da Lapa. E, por último, o início da Copa do Mundo 2010.
Mas, afinal, o que temas tão distintos têm em comum para ilustrarem a mesma coluna? Talvez a possibilidade e as chances dos temas mudarem o mundo em que vivemos. E você deve estar se perguntando: “Como assim, mudar o mundo?”. Sim, mudar o nosso mundo, mesmo que seja o nosso “mundinho”, nossa realidade mais íntima.
Comecemos pela Tribuna. Assim como todos os meios de comunicação, são aliados na construção da realidade, na divulgação dos acontecimentos para que os cidadãos possam se inteirar e, quem sabe, se engajar.
Já em relação ao aniversário da cidade, no que pode mudar o mundo? Digo o “mundo da Lapa”. O momento da comemoração dos 241 anos da cidade pode ser um gancho para se discutir as conquistas do povo lapeano mas, também, o que ainda está precisando ser feito. No que a Lapa foi determinante no cenário paranaense, brasileiro, ou mesmo em alguma questão social? Que tipo de cidadão é o lapeano? Se envolve, se engaja ou aguarda a maré passar para ver como fica?
Em seguida temos a festa de Santo Antonio. O padroeiro da cidade que atende a tantos pedidos dos devotos. Ele é o Santo mais popular do Brasil e, também, é conhecido por ser o padroeiro dos pobres, Santo casamenteiro, sempre sendo invocado para se achar objetos perdidos. E por que ele poderia mudar o mundo, o mundo de cada um? Simples de se fazer uma comparação.
Para aqueles que crêem no poder deste Santo, pode auxiliar na questão econômico-social ou, na forma mais conhecida, ajudando as pessoas a encontrarem o seu par. Mesmo com toda a mudança social, ser solteiro ainda é visto com certo preconceito por muitos na sociedade. Então, não mudaria o mundo de alguém se estivesse acompanhado neste 12 de junho? Brincadeiras à parte, por mais moderninha que a pessoa seja, ninguém quer ficar sozinho sempre.
E o festival de cinema? No que ele muda o mundo? Muda as perspectivas para uma população que, em sua maioria, não tem contato com as etapas de produção do áudio visual ou mesmo com o produto pronto, nas telas do cinema. São novas perspectivas que se abrem. Oportunidades de conhecimento, oportunidades de negócio.
E a Copa do Mundo? Bom, para os que não entendem patavina de futebol, como esta que vos escreve, pode parecer um tanto bizarro dizer que a Copa irá mudar o mundo. Bem, vou me esforçar para explicar… Para os fiéis torcedores, óbvio, é o momento máximo do futebol. Momento de ficarem atentos, a postos e não perder uma jogada sequer. Para o comércio, mudará as perspectivas de lucros. Para as empresas patrocinadoras, mais clientes em potencial.
Mas, e nós, de que forma mudamos o mundo? Para ilustrar vou usar como exemplo livro O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, um livro que funciona tanto como romance, como um guia básico de filosofia. Em resumo o livro trás o seguinte: Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que vivemos.
Você já filosofou um pouco sobre isso? Pode ser que faça a diferença em sua vida. Por qual motivo você está neste mundo? Somente de passagem ou porque algo precisa ser feito pela sua pessoa para o mudar o seu mundinho?
Precisamos lembrar sempre que a nossa presença é um presente para o mundo e não devemos desperdiçá-la. Podemos fazer da nossa vida o que queremos, fazendo acontecer, vivendo cada dia por vez. Não devemos colocar limites em nós mesmos. Muitos sonhos estão esperando para serem realizados. Neste instante, aí com você, muitos sonhos estão esperando para serem realizados! A Tribuna antes de existir era um sonho de Aramis. O Festival de Cinema antes de ser colocado em prática também era um sonho. O que você pode fazer para colocar os seus sonhos em prática e mudar a sua realidade?
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“O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos.”
(Eleanor Roosevelt)