De acordo com os meteorologistas, o inverno desse ano foi mais seco do que o normal para a época. As regiões Oeste, Noroeste e Norte foram as mais prejudicadas pela estiagem, mas na região da Lapa, a falta de chuvas também prejudicou algumas culturas.
O inverno terminou à 0h08h59s de quinta-feira, dia 23 de setembro, e acarretou problemas tanto no campo e como nas cidades do Paraná. Uma das dificuldades do inverno foi o tempo seco, que ocasionou problemas respiratórios em parte da população, principalmente em crianças e idosos.
A falta de chuva também prejudicou a agricultura e a pecuária no Paraná. Incêndios causaram a morte do gado e queimaram plantações.
Na Lapa, segundo Evaldo Goes, da Pomalapa, a falta de chuvas prejudicou a cultura da maçã e da ameixa da empresa. Com a falta de chuvas, o pólen da planta fica seco, e a alta temperatura causa o abortamento. As plantas chegaram a murchar por conta do calor.
Na cultura da maçã o abortamento provocou a perda de aproximadamente 50% da produção, e na plantação de ameixa a perda chegou a 80%.
Segundo Evaldo, a seca provocará uma quebra em torno de 30 a 40%. Segundo ele, a florada havia sido muito boa, então quem tem irrigação em sua propriedade não enfrentou problemas. Mas, quem não tem esse recurso, encontrou dificuldades.
A chuva prevista para os próximos dias, com volume entre 50 a 60mm, deve amenizar o setor de fruticultura da região. Mas, para que a situação se normalizasse seria necessário um volume médio de chuvas de 150mm.
Como será a primavera
A previsão climática feita pelo Simepar para a estação da primavera no Paraná indica que o regime das chuvas no Estado ao longo do trimestre outubro-novembro-dezembro estará oscilando entre abaixo do normal a ligeiramente próximo do normal. As pancadas de chuva ocorrerão de forma bastante irregular, tanto no tempo quanto na distribuição espacial. Com isso no decorrer do segundo semestre deverá ser observada condição de estiagem em diversos pontos do estado. Não se descarta a ocorrência de chuvas fortes, acompanhadas de incidência de raios e rajadas de vento fortes, mas a frequência das mesmas deverá ser menor em comparação aos últimos anos.
A tendência das temperaturas para o trimestre outubro-novembro-dezembro é de que fiquem próximas da média histórica. O início da estação ainda deverá apresentar maior amplitude térmica (diferença entre os valores de temperatura máximos e mínimos diários) no começo da primavera, mas gradativamente tendem a diminuir à medida que o verão se aproxima.