Ontem, fulano possuía uma maneira de ser, era bondoso, servidor, tinha muitos amigos e era muito querido em sua comunidade. Hoje, com o dinheiro comandando o seu dia-dia, é outra pessoa, já se mostra julgador, com o rosto carrancudo, talvez tenha medo que alguém lhe peça um valor emprestado e por essa razão anda correndo e até finge não conhecer mais os amigos.
Uma vez me relatou um amigo que fazia sua caminhada ao final de tarde, que em um determinado lugar um dia chegou um cidadão por ali e começaram a conversar enquanto caminhavam.
Este fulano chegou ali fazendo muitas perguntas a respeito destes e daqueles para ver se conseguia ouvir algo que lhe fosse proveitoso, no sentido de aproveitar para lucrar em cima.
Este recém chegado especulador começou a prometer coisas ao meu amigo, para descobrir segredos das pessoas para proveito próprio. Porém, meu amigo, percebendo suas armações, começou a estudá-lo e não deu chance para que o fulano manipulador o iludisse e se aproveitasse dele.
Um dia o meu amigo já estava de certa maneira perturbado com tantas indagações do forasteiro e, para experimentá-lo, lhe pediu dinheiro emprestado. O fulano, deu mil desculpas dizendo que não tinha tal soma e mostrou sua personalidade, pois nunca mais foi aos lugares onde meu amigo estava com receio de que lhe pedisse dinheiro emprestado.
Pois bem, aí vemos como o dinheiro é maldito em certos casos e muda a personalidade de uma pessoa. Obviamente que não vivemos sem ele, mas quando o patrimônio toma conta do eu de uma pessoa e consegue deixa-lo idólatra, fica difícil conviver com certas pessoas.
Já dizia o escritor italiano Giovanni Papini: “O dinheiro é o esterco de satanás”.
De certa forma sim, quando ele muda a personalidade de uma pessoa, transforma e em vez de trazer a felicidade traz consigo a raiva, a maldade, a malandragem para dentro do eu daquele que se deixa dominar pelo patrimônio.
