Nesta semana decidi escrever sobre o tão conhecido dito popular de que colhemos o que plantamos. Isso mesmo. Você conhece a lição das sementes?

Ela ensina o seguinte: que “você só colhe depois de ter plantado ou trabalhado”. Pegue algumas sementes de feijão e tente obter uma colheita de feijão. Impossível, não é?

Claro, pois primeiro é necessário preparar o solo, plantar e regar a semente – isso significa seu esforço. Então, ainda é preciso esperar algum tempo, isso significa a paciência para poder colher o feijão. Assim a lição da semente se resume basicamente em: Esforço + Paciência = Resultados.

Eu quero falar sobre a lição das sementes com você. Talvez não seja o seu caso, mas o que percebo é que muitas pessoas simplesmente esquecem este princípio e acabam agindo de uma maneira em que querem resultados imediatos. Colher antes de plantar. E o pior, se não conseguem colher os seus próprios resultados, porque não souberam plantar, tentam colher os resultados dos outros!

Para que consigamos colher algo realmente bom, além de nos empenharmos na plantação e cuidado com as sementes, devemos saber o que estamos plantando. É preciso pensar, por exemplo, “o que ganho amanhã, se plantar estas sementes hoje?”.

Muitos, infelizmente, não pensam nas consequências de suas plantações…

Aí, não adianta querer colocar a culpa nos outros, dizer que está sendo perseguido etc. e tal.

A Tribuna Regional, por exemplo, foi a plantação das sementes de Aramis Gorniski, que por anos a fio se dedicou, teve paciência, acreditou neste pequeno Grande, mesmo enfrentando diversas dificuldades no caminho. O resultado, a sua colheita: 35 anos de jornal em 2011, com credibilidade de seu nome e de seu trabalho, mesmo após a sua partida deste mundo.

No entanto, muitos acreditam que somente plantando as sementes de feijão hoje, já podem colher amanhã, com ótimos resultados, mesmo que as sementes estejam apenas inchadas. Esquecem que para se colher resultados concretos é preciso esperar algum tempo.

Estas atitudes imediatistas são estimuladas por um mundo costumeiramente consumista, onde rege a lei do “cartão de crédito”, em que você adquire primeiro o que deseja para depois se preocupar em pagar. As pessoas se tornam “coisas”, o que importa é o ter, e não o ser. Resultado: falta de caráter. Se pensarmos no princípio das sementes, veremos que é necessário primeiro obter os recursos, para depois ir às compras.

Outra lição importante ainda a ser aprendida com as sementes é que nem todas as sementes que você plantar acabam vingando. Ou seja: você planta uma porção de sementes, algumas não nascem mesmo, outras são devoradas por insetos ou pássaros, ficando então umas poucas sementinhas que se transformam em plantas e produzem seus frutos.

Mas, lembrando novamente, é preciso saber escolher as sementes que plantamos. Muitas delas podem dar frutos ruins, amargos, que podem acabar com nossos planos futuros.

Isto pode não lhe parecer muito justo, mas assim é a vida! Por isso, por exemplo, até você arranjar um bom trabalho é necessário passar por uma boa porção de tentativas, entrevistas, avaliações… O mesmo aplica-se ao mundo dos negócios. Até você obter a clientela adequada, terá que fazer boas tentativas de atrair clientes para seu empreendimento. Até mesmo no ambiente das amizades ocorre desta forma.

Então, você está preparado para aceitar e por em prática a lição das sementes? Ou pretende plantar, esquecer de regar, não ter paciência e tentar colher o que é dos outros?

Vamos lá! Faça o plantio e não fique olhando para a colheita do vizinho!

Primeiro o esforço, depois a recompensa.

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“Ainda que sua cabeça diga NÃO, siga sempre o seu coração.”

(Silvia Schmidt)