A Secretaria de Estado da Saúde promoveu na quinta-feira, dia 24 de março, o Dia Mundial de Luta e Combate à Tuberculose, com extensa programação. O secretário Michele Caputo Neto abriu os trabalhos e disse que apesar dos avanços alcançados no tratamento da tuberculose é inaceitável conviver com índices altos de uma doença que tem diagnóstico e tratamento acessíveis.
Um dos maiores problemas da tuberculose – lembrou – tem sido o diagnóstico tardio e a alta taxa de abandono do tratamento, que deve ter duração mínima de seis meses ininterruptos.
Pela primeira vez, a Secretaria da Saúde premiou instituições que se destacaram no combate à tuberculose e na implantação de ações para desmistificar o tratamento e diminuir a taxa de abandono.
Segundo Elizabete Sens, chefe da divisão de controle de doenças endêmicas, a partir de agora a premiação deverá ser anual, pois o Governo do Paraná e especialistas entendem que os bons exemplos devem ser multiplicados para o alcance das metas quanto à doença.
O Hospital Regional da Lapa São Sebastião recebeu a premiação pelo apoio incansável no atendimento a pacientes com maior complexidade, por conta da implantação da cultura pelo meio Ogawa-Kudoh, e pelo apoio às pesquisas operacionais.
Também foram premiados a 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa, o Município de Paranaguá e o Complexo Médico Penal.
O médico Afrânio Lineu Kritski, uma das maiores autoridades brasileiras em tuberculose, natural de Ponta Grossa, destacou que, nos dias de hoje, a maior incidência da doença está entre usuários de drogas e moradores de rua e que as autoridades municipais devem ter ações focadas nessas populações para um controle efetivo da tuberculose.
“O médico deve investigar a possibilidade de tuberculose em pessoas que apresentam tosse por mais de três semanas. O diagnóstico tardio continua sendo um dos maiores problemas para a cura”, disse Kritski.