As expressões inclusão e educação inclusiva permeiam todos os documentos legais referentes a educação. Documentos recheados de conceitos que reafirmam o direito de todos à educação e a certeza de que a escola proverá meios para que esta se efetive para todo e qualquer cidadão, independente de suas necessidades peculiares. No entanto, ao abrir a “caixa preta” da inclusão social os cidadãos se deparam com situações que contradizem a legislação e, desta forma, os princípios éticos da igualdade de oportunidades.
No dia 21 de setembro, dia da árvore, e por isso escolhido como Dia de Luta da Pessoa com Deficiência por, simbolicamente, representar uma nova vida mais digna, mais “frutífera” para a pessoa com deficiência, é momento das pessoas refletirem sobre como a sociedade tem se empenhado na promoção da igualdade de direitos e pela inclusão.
Incluir efetivamente passa por pensar a sociedade pelo prisma das minorias sociais. O que falta na sociedade atual para que todos possam usufruir de seus direitos sociais, políticos e jurídicos? De que forma a sociedade está se modificando para que a inclusão deixe de ser “chavão” dos documentos oficiais e torne-se ordem social?
Em busca de respostas a estes e a outros questionamentos, a equipe multidisciplinar do CEEBJA “Paulo Leminski” promoveu entre os dias 17 e 21 de setembro diversas atividades envolvendo todos os alunos e professores, das diferentes áreas, buscando o debate sobre a luta das pessoas com deficiência e suas famílias, para assegurarem o cumprimento da legislação e um olhar ético da sociedade sobre suas necessidades.
Momentos importantes marcaram esta ação, como o depoimento do aluno Fernado Carvalho Tenório, deficiente visual que, superando todas as barreiras, está prestes a concluir o Ensino Médio no CEEBJA, objetivando fazer o nível superior em Educação Física. Além disso, atualmente Fernando é um notável atleta que vem se destacando em corridas de longa distância, levando o nome da Lapa para diversas cidades do Estado. A equipe multidisciplinar promoveu ainda a “sessão pipoca”, onde mais de 200 alunos assistiram, em duas sessões, o filme “Uma lição de Amor”, que trata das dificuldades da pessoa com deficiência em mostrar suas qualidades e desenvolver seu potencial. O filme gerou um debate sobre o tema. Demais atividades foram realizadas e a produção escrita e plástica compôs o mural exposto nos corredores do CEEBJA “Paulo Leminski”
O diretor da escola, professor Robson Suero, apoia as ações realizadas afirmando que “esta luta é nossa: pais, educadores, cidadãos, pois a superação passa pela aceitação da deficiência e a ciência de que não há limites para os sonhos, para os ideais e para aqueles que acreditam no potencial humano. A mudança não virá sozinha, mas será conduzida pelos cidadãos que sustentarem esta bandeira.”
