Governo Federal sinaliza apoio para a avicultura do Paraná e Santa Catarina

O governo federal manifestou intenção de apoiar os produtores de aves do Paraná e de Santa Catarina durante reunião na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, na segunda-feira, 1º de outubro, em Curitiba. Representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) conheceram as dificuldades por que passa a avicultura dos dois estados. O setor enfrenta uma crise desde o começo do semestre por conta da alta no preço do milho e da soja, principais produtos da ração aviária.

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, defendeu que o problema seja tratado como prioridade e que a solução seja dada no máximo em 15 dias, porque os problemas sociais no Sul do País estão se agravando. Os dois estados representam 60% da avicultura nacional.

No Paraná, a avicultura envolve 19 mil produtores, gera 60 mil empregos diretos e representa 11% da riqueza produzida pela agricultura no Estado. Em Santa Catarina, são 17.500 avicultores. “O Estado é o único a exportar frango para o Japão, um mercado difícil de ser conquistado e não pode ser perdido”, disse o secretário-adjunto de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, Airton Spiers.

Ortigara defendeu esforço integrado para o momento de transição que ele prevê de seis a sete meses, até que se defina o tamanho da próxima safra de milho nos Estados Unidos.  Atualmente, a saca de milho é vendida a em torno de R$ 30,00 no Paraná e R$ 35,00 em Santa Catarina, no atacado.

Em Santa Catarina, a situação é mais dramática segundo Spiers. Lá, os estoques de grãos se esgotaram e o déficit de milho para ração animal é de 2,7 milhões de toneladas. Algumas pequenas e médias empresas integradoras estão para encerrar suas atividades nos próximos três meses.

O secretário paranaense defendeu a necessidade de o governo federal bancar a diferença no custo do frete do milho a ser removido do Centro-Oeste do País para o Sul, por mecanismos já existentes como Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) ou Valor de Escoamento de Produto (VEP).

Além da implementação imediata desses instrumentos de apoio à comercialização, gerenciados pelo Governo Federal, sugeriu a abertura urgente de uma linha de crédito para dar fôlego às indústrias. “Uma linha para formação de capital de giro, com juros compatíveis com a situação gravíssima com que passa o setor, ao redor de 5,5% a 6% ao ano, com prazo de pagamento de até cinco anos”, sugeriu.

O superintende da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, pediu apoio federal para empresas paranaenses que investem na ampliação e modernização da produção avícola e foram atropeladas pela crise. Ele também pediu a prorrogação da entrada em vigor de medidas sanitárias como a Instrução Normativa – IN 56 e 59, previstas 

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