A importância da união no desenvolvimento local

Nesta semana, a Tribuna Regional fez reportagem sobre o trabalho da família de Casemiro Krupa, plantador de morangos e tomates na região do Capão Bonito, cultivados em uma área de 3,5 alqueires de terra.

Sobre isso e outros assuntos, a diretora administrativa e comercial do jornal, Suzana Gorniski, escreveu seu ponto de vista, neste Bate Papo Informal. Acompanhe!

“Não quero aqui falar sobre o empreendimento de Casemiro Krupa. Mas, do trabalho que seu filho Cristiano iniciou há quatro anos, quando percebeu que a sua família não teria condições de produzir o suficiente para o mercado. Com uma visão empreendedora, Cristiano buscou mais e mais conhecimentos sobre a plantação e iniciou a parceria com pequenos produtores. Em principio convidou um produtor, que aceitou este desafio. Hoje, conta o a parceria com 19 pequenos produtores, que recebem todos os insumos, mudas de morangos e aprendem as técnicas e cuidados com a plantação. E, ainda, o mais importante: têm a certeza da comercialização de seus produtos.

Este exemplo vem ao encontro do meu comentário, feito na edição 1815, com o titulo “Você quer que a Lapa cresça?”. O trabalho desta família é um exemplo de que, com a união e trabalho, podemos crescer e desenvolver nossa comunidade. É preciso que nós paremos para pensar sobre a ação desta família: com sua iniciativa, hoje muitas famílias têm o seu sustento. Mas, não foram poucas as dificuldades que os Krupa enfrentaram. No entanto, eles não desistiram, não procuraram políticos para alcançar seus objetivos, foram à luta. Em uma das viagens técnicas das quais Cristiano participou, recebeu apoio da Emater do Rio Grande do Sul. Lá encontrou um técnico especialista em morangos. Ele continua participando de viagens técnicas para poder estar sempre atualizado sobre sua produção.

Você já parou para pensar em quantos políticos estão no poder e em quais deles realmente se preocupam com o nosso desenvolvimento? Dias atrás conversando com um vereador da Lapa, perguntei qual candidato ele estava apoiando para governo do Estado e presidente. Sua resposta foi esta: “Não me preocupo com eles, pois nunca aparecem aqui na Lapa”. Como um líder deste porte não se preocupa com isto? Estes candidatos, e os futuros eleitos, interferem, sim, em nossa vida. E o vereador, o nosso representante direto, é o primeiro político que buscamos quando temos um problema na comunidade e que tem o poder de cobrar dos mais altos cargos. Sinceramente, me decepcionei com esta atitude. Precisamos saber escolher melhor nossos representantes, saber se ele está comprometido com a comunidade e se sabe das nossas dificuldades. Não devemos nos vender por um bom bate papo, um bom churrasco, e outras coisas mais.

Para quem tem a oportunidade de ler, a revista Veja desta semana traz uma reportagem sobre a Suécia, eleita o país-modelo no atendimento aos idosos. Lá os governos bancam ou subsidiam médicos, cuidadores, refeições, corridas de táxis e muitas outras coisas. Não há lugar no mundo onde os idosos sejam tão bem assistidos. Quero trazer a você, leitor, esta reportagem na edição da próxima semana, na integra, para que saiba todos os detalhes. Mas, o que quero mostrar é o quanto o aparato do Estado, naquele país, é enxuto. Os políticos não têm direito a carro oficial com motorista, nem a viagens em jato privado. Os vereadores não ganham salário; recebem de 77 e 154 por sessão a que são obrigados a comparecer. Nenhum deputado tem secretária ou assessor. Durante a semana, os parlamentares que moram fora da capital passam a noite em cubículos de apenas um cômodo. Nem mesmo o primeiro-ministro tem direito a empregada. Os suecos prezam a transparência e não toleram a corrupção.

O que podemos fazer para que nossos políticos sejam realmente comprometidos com o povo? Afinal, eles nada mais são que nossos empregados. Nesta época de campanha e eleições precisamos analisar o currículo, a história de vida, a luta deles pela comunidade, o comprometimento com sua região e, depois de eleitos, não tenhamos medo de cobrar o que nos prometeram. Só assim poderemos ter a esperança de chegarmos próximos a uma Suécia.

Finalizando, parabenizo a família de Casemiro Krupa. Tenham certeza de que estão fazendo a diferença em sua comunidade.”

  

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