Alunos do Agrícola fazem sucesso com curta-metragem

Uma das cenas do curta que pode ser assistido no YouTube.

“O sol é para todos” é o segundo vídeo produzido pelo grupo agora intitulado “PsicoArt”. Alunos foram incentivados por professora de Artes e agora querem levar a atividade adiante. Conheça a história dos estudantes.

Anne é uma jovem controlada por um pai conservador. Porém, Augusto, um jovem trabalhador, irá tocar o coração da moça e a parte preconceituosa de seu pai.

Após o sucesso do curta, os alunos criaram o grupo PsicoArt.
Após o sucesso do curta, os alunos criaram o grupo PsicoArt.

Esta é a sinopse do curta-metragem “O sol é para todos”, produzido por alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Agrícola da Lapa e que teve como cenários o Museu Casa Lacerda e na área externa do Hospital Regional da Lapa São Sebastião (HRLSS). O vídeo foi feito no final de 2016. Na época, a professora de Artes, Jheyni Bzuneck, pediu que os estudantes criassem um teatro, baseado em uma música da escolha dos alunos. Mas, por conta das dificuldades que teriam em apresentar todo o enredo, e até mesmo pela vergonha de alguns dos integrantes, decidiram solicitar à professora que permitisse fazer um teatro em vídeo. E assim, com todo o empenho dos alunos no “projeto”, surgiu o curta-metragem do grupo, “O sol é para todos”.

Com cinegrafia de Andressa Klostermann, roteiro de Mariana Afonso e Priscila Moreira, edição de Pedro Henrique Aluiz, o curta contou também com a participação de Ana Laura Raksa Ribeiro; Andressa Klostermann; Gabrielly Ramos; Helenn Zankoski; Heloise Santos; João Pedro Lopes; Leonardo Lourenço; Lucas Bueno; Maria Eduarda Alberti; e Roberta Morais.

REPERCUSSÃO
O curta-metragem com duração de 23 minutos está disponível no YouTube, no canal do grupo, o “PsicoArt”. “O sol é para todos” pretende fazer o espectador refletir sobre problemas sociais, como o preconceito racial e social. “(Com o vídeo) queremos mostrar que todos são iguais. Todos têm os mesmos direitos. Todos amam do mesmo jeito. E todos são gente como a gente”, diz Mariana Afonso, responsável pelo roteiro.

Assim, abordando essa temática próxima da realidade de tantas pessoas, o curta-metragem teve ótima repercussão, com comentários excelentes. “As pessoas que o assistiram gostaram da história e de como abordamos o tema. Estamos levando essas críticas muito a sério para que a gente consiga melhorar cada vez mais em relação aos vídeos. É surreal recebermos tantas críticas positivas e isso faz com que a gente queira produzir cada vez mais”, comenta Mariana.

Os estudantes contam que é gratificante receber elogios de pessoas de diferentes idades, falando do desempenho e do esforço. “Essa é a melhor recompensa que poderíamos ter”, explicam.

E foi por conta desse retorno, e também por tomarem gosto pela coisa, que após a produção de “O sol é para todos” os alunos decidiram criar o grupo “PsicoArt”. Este curta foi o segundo produzido pelo grupo. O primeiro foi “Amianto”, que também está disponível no canal do YouTube. A experiência adquirida com as produções foi muito boa, contam os integrantes. “Foi ali, já no primeiro curta que decidimos que é isso que queremos fazer. É esse o destino que queremos dar às nossas férias, aos nossos feriados e a qualquer outro tempinho livre que teremos. Pretendemos produzir muitos ainda. Aliás, nosso terceiro curta-metragem já está a caminho”, relata Mariana.

A PRODUÇÃO
O curta-metragem foi produzido no feriado de Finados de 2016. Os integrantes da equipe contaram à Tribuna que levaram três dias para concluir as gravações (sábado, domingo e segunda-feira). A edição do material levou cerca de dez horas, distribuídas em dois dias.
A maior dificuldade encontrada pelos estudantes para produzir o vídeo foi o tempo, pois tiveram menos de duas semanas de prazo para entregar para a professora. Neste tempo, tiveram que conciliar outros trabalhos das demais disciplinas do colégio.

A falta de recursos também foi outra dificuldade enfrentada. “Não tínhamos cenários, figurino, e nem mesmo uma filmadora para concluir as gravações. Foi tudo na base do improviso, até mesmo na hora de gravar – usamos o smartphone (IPhone) de uma das integrantes”, conta Mariana.
Questionados sobre o objetivo da produção e de continuar a fazer vídeos, apesar das dificuldades encontradas, o “PsicoArt” diz que pretende, de certa forma, fazer a diferença. “Queremos fazer com que as pessoas mudem sua maneira de pensar e de agir. Queríamos passar uma mensagem de uma maneira diferente, sem ser algo tedioso ou aquela mesma ‘ladainha’ de sempre. Tentamos elaborar as histórias de um jeito que quem vá assistir ao vídeo se envolva nela e queira assistir até o final para saber do que se trata e como vai terminar. Queremos que as pessoas se sintam bem e achem prazeroso assistir nossos vídeos”, explicam os estudantes.

O grupo conta que, hoje, com a repercussão positiva do curta, o “PiscoArt” passa a produzir fora de fins escolares. Eles explicaram à Tribuna que, além do incentivo da professora para produzirem, também foram influenciados pelo Festival de Cinema, realizado na cidade na mesma época. O evento os motivou a melhorar cada vez mais na produção.

Confira o vídeo no canal do grupo no YouTube! São talentos locais que estão investindo seu tempo em cultura e merecem ser vistos e prestigiados!
Saiba qual personagem cada aluno interpretou: Lucas Bueno (Helliwelton); Ana Laura Raksa (Alexa); Maria Eduarda Araújo (Eliza); Roberta Morais (Esther); Gabrielly Ramos (Sophia); João Pedro Lopes (Coronel Dias); Fernando Gabriel (Benjamin – bebê); Leonardo Loureço (Augusto); Heloise Santos (Anne).

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