Lapeanos na Route 66

Uma parada para apreciar os atrativos da estrada.

Em agosto, quatro amigos aventuraram-se pela estrada que representa o espírito empreendedor da América.

Muitas pessoas se transformam em mito e, mesmo depois de não estarem mais vivas, continuam sendo lembradas. Mas, e as estradas, podem também se transformar em mito? Se isto é possível, existe uma, nos Estados Unidos, que conseguiu realizar esta façanha. Mais de 80 anos após o início de sua construção, semiabandonada, quase esquecida, substituída por modernas e eficientes autoestradas com oito pistas, ela sobrevive, tem admiradores e fãs, quase uma seita que continua a cultuá-la e segui-la. Ela é cantada em prosa e verso, celebrada em livros, filmes e seriados de televisão. Ela é amada e nunca esquecida. Ela é a Route 66.

Sua construção aconteceu entre 1933 e 1938 e logo se tornou a mais famosa e importante estrada americana. Começava em Chicago e terminava em Los Angeles, cobrindo um percurso de 3.945 quilômetros e o apelido que ganhou já deixava claro sua importância: Mother Road, ou seja, a “Estrada Mãe”. Seu traçado visava permitir a interligação de centenas de municípios rurais no interior, lugares que até então viviam isolados, e que a partir de então teriam como se desenvolver.

Mas, porque as pessoas ainda amam a Route 66, se ela é apenas uma antiga e mal conservada faixa de concreto atravessando os Estados Unidos? A verdade é que as pessoas não amam propriamente a estrada, mas o que ela representa, o espírito empreendedor da América, a própria alma americana. A estrada é berço do primeiro Motel e do primeiro McDonald’s do mundo, e foi cenário de filmes como Easy Rider e Bagdad Café.

Percorrê-la não é um programa para amadores. Esta é uma aventura para turistas profissionais, para aqueles que querem mergulhar fundo na América, e descobrir a mais intima essência do país.

A LAPA NA ROUTE 66

No mês de agosto, quatro lapeanos estiveram nos Estados Unidos e puderam conhecer a Route 66, revivendo o sentimento de liberdade idealizado pelos jovens americanos das décadas de 1950 e 1960.

Saindo de Las Vegas às 9h de 22 de agosto, em motos Harley Davidson, Marcus Bosch, Robinson Bueno, Luiz Kuss e Christian Bueno aventuraram-se com destino a Route 66. Fizeram a primeira parada na Represa Hoover, localizada a 50 km de Vegas. Continuaram pela estrada 93 por mais 150 km, até alcançarem a Route 66. Seguiram, então, mais 150 km até o Grand Canyon e retornaram ao final de tarde para Las Vegas, chegando às 23h30. Ao final, rodaram aproximadamente 600 km no trecho. Confira alguns flagrantes dos lapeanos, em sua viagem pela estrada mito.

A estrada é o espírito de liberdade americano.
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