Apesar de faltar um pouco mais de um ano para as próximas eleições municipais, podemos observar vários movimentos de lideranças, partidos e grupos políticos no sentido de alianças para a disputa tanto do cargo de Prefeito como Vereadores. Dentro dessa perspectiva, iniciamos uma série de entrevistas sobre o tema com o Prefeito Paulo Furiati do MDB.
Tribuna Regional: Faltando um ano e meio para findar sua administração, qual o balanço que você faz tanto na parte administrativa como da realidade política?
Furiati: Administrativamente, apesar da enorme crise que afetou nossa arrecadação, praticamente todos os compromissos assumidos estão sendo cumpridos, desde a ação na saúde, educação, estradas, pavimentações, ação social, cultura, educação, meio ambiente e política de atração de investimentos. Recebi a Prefeitura numa situação calamitosa sobre o aspecto financeiro e administrativo. Essa herança maldita consumiu muita energia, pois arrumar a bagunça não foi fácil.
Tribuna: E qual a avaliação política que pode ser feita nesse período de Governo?
Furiati: Minha eleição foi construída com os partidos políticos comprometidos em “arrumar” a bagunça. Somaram esforços o MDB, PSB, PPS e PR. Essa aliança não só garantiu a Vitória como a Governabilidade, cujos resultados recebem aprovação da maioria da população.
Tribuna: Mas quando você assumiu a Prefeitura a base de apoio do Governo Municipal na Câmara de um total de 09 vereadores, essa base tinha 07 e agora diminuiu. O que aconteceu?
Furiati: Verdade. Assumi com uma base de 07 vereadores e no transcorrer do mandato dois vereadores deixaram essa base. O vereador Fenelon e o Vereador Samuel. Mas ainda assim continuo tendo a maioria garante a aprovação dos projetos de interesse do Executivo.
Tribuna: E quais os motivos para perder o apoio de 02 vereadores que faziam parte da base de apoio?
Furiati: Fundamentalmente a minha perda de confiança. A relação política é feita na premissa que o interesse coletivo deve ser maior que o individual. Em relação ao Vereador Fenelon foi mais grave, pois ele foi indicado por mim para ser o meu líder junto aos demais. Um projeto que enviei ele votou contra e ainda trabalhou para outros votarem contra. Quando perco a confiança, me afasto e pago o preço.
Tribuna: Agora vamos entrar no assunto eleições do ano que vem e gostaria que saber quais já existe algum encaminhamento nesse sentido?
Furiati: Como todos sabem nosso grupo político tem no PSB o Ruy como Presidente, no MDB o vereador Arthur e no PPS o atual vice Joacir. Está claro que para ganhar a eleição e manter o nível de qualidade da administração no futuro, teremos que estar juntos. Temos a obrigação de encontrar um candidato a Prefeito e Vice de consenso.
Tribuna: Mas pelas notícias tem partido que lançou candidato. No caso do PSB o candidato comentado é do Diego Ribas. Isso estava previsto nessa articulação?
Furiati: Sim. Cada partido não só pode como deve apresentar suas opções. Essas opções em meu entender deverão estar presentes para que todos em conjunto, com critérios definidos por todos possam escolher a melhor alternativa. Assim foi no passado a escolha do meu Vice, vários eram os candidatos e na sequencia houve a decisão pelo que indicava melhores condições de ajudar a ganhar as eleições.
Tribuna: Mas se isso estava previsto, sua possível candidatura está descartada para reeleição?
Furiati: Os nomes começaram a aparecer no momento que comuniquei informalmente que não pretendo me candidatar. Eu acho que está na hora de renovar, oxigenar. Como na política não existe vácuo, ações se iniciam para preencher esses espaços.
Tribuna: Neste caso existem outros pretendentes, além do PSB?
Furiati: O que existe até agora são especulações. No MDB o nome comentado é do vereador Arthur. No PPS o nome em evidência é o do Joacir. Outros nomes naturalmente irão surgir. No momento oportuno essas lideranças e esses partidos irão definir o nome para disputar e unidos ganhar a eleição.
Tribuna: Pelo que se ouve é que outros grupos estão reunidos. Tem gente falando que a Leila do PT estaria indo para o PDT para garantir aliança com o PT e também com a lideranças do ex-Prefeito Miguel Batista. Alguns até comentaram que algumas lideranças do MDB estariam conversando com o PT. Isso seria possível?
Furiati: Que o PT tem se reunindo com lideranças ligadas ao ex-Prefeito Miguel Batista parece concreto. Acho isso normal que a oposição se organize. No caso do MDB com o PT oficialmente não sei disso. Pode ter ocorrido oficialmente. Eu ouvi algo que seria uma chapa com Prefeito do MDB vice do PT. Pura especulação.
Tribuna: Outro nome tem circulado também, como o vereador Fenelon. Ele está entre os nomes analisados pelo seu grupo?
Furiati: Ouvi falar sim, mas não está em análise. Pelo menos da minha parte não. Esse é um nome que não apoiaria de jeito nenhum e de nenhum jeito.
Tribuna: Finalmente, gostaria de passar uma mensagem final para nossos leitores;
Furiati: Muita água vai rolar até as próximas eleições. De minha parte, farei tudo o nosso grupo político permaneça unido. Esse objetivo tem dois caminhos importantes para nosso povo. Ganhar a eleição e dar continuidade a um programa de Governo para garantir a continuidade de um trabalho que fará um dos melhores municípios em qualidade de vida do Paraná.