O Grande Colisor de Hádrons passa por atualizações

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A reforma deve deixa-lo mais eficiente em detectar as colisões das partículas

Atualmente, existem duas barreiras bem definidas na ciência. Conforme explica o professor de física, José Pinheiro Júnior, cerca de 95% de toda a matéria que constitui o universo é matéria escura. Ela é chamada assim porque os cientistas ainda não têm uma resposta para dizer o que é de fato a matéria escura. Algumas hipóteses tentam explicar dizendo que se trata de buracos negros primordiais, aqueles formados pouco depois o Big Bang ou até mesmo neutrinos inertes. Você pode conferir mais sobre neutrinos clicando aqui. Fato é que ainda não sabemos do que é feito esse elemento que confere a maior parte da massa de todo o universo.

Outra barreira que a ciência enfrenta hoje é o estudo dos átomos. Esse [é o papel do Grande Coisor de Hádrons (LHC – sigla em inglês). Essa máquina fica 100 metros abaixo do solo e tem uma circunferência de 27 quilômetros, na Suíça. Seu papel é colidir Hádrons. Caso queira saber mais sobre hádrons, basta clicar aqui. Após a colisão, alguns subprodutos são formados. A partir desses subprodutos, podemos estudar partículas subatômicas, uma vez que não há maneira de dividi-los de outra maneira a não ser pela colisão. “Sempre que há colisão entre duas coisas, suas partes saem voando. Essa é a tarefa do LHC, causar as colisões e observar logo após os componentes que se soltam dos hádrons”, afirma o professor.

Marina Silveira Elementto, que participou de estudos no LHC durante a formulação de sua tese de doutorado, explica que o equipamento já fez descobertas importantes como o Bóson de Higgs. Até então, ela era uma partícula hipotética, prevista por Peter Higgs e François Englet. Saiba mais sobre Bóson de Higgs clicando aqui.

Desafios tecnológicos

Jefferson Almeida, engenheiro de mecatrônica, explica que atualmente estamos no limiar da nossa tecnologia. “Atualmente temos duas máquinas incríveis. Uma está a milhões de quilômetros da Terra, o telescópio espacial James Webb, o mais avançado já construído e será capaz de observar os confins do universo. Outra é o LHC, observando as menores coisas já detectadas pela humanidade.” Ainda segundo ele, essas máquinas serão capazes de produzir dados por pelo menos mais três décadas.

“Não haverá máquinas mais poderosas que essas duas na próxima década”, afirma Jefferson. Ele afirma que o custo para a produção é gigantesco e somente um país pode arcar com a despesa. Além disso, elas contam com o que há de mais avançado atualmente. “Se temos a chance de descobrir algo sobre o universo, são essas máquinas que vão detectar”.

Reportagem por Luiz Gabriel Correia Ely

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